A casa – Ponto de encontro entre duas histórias

“…Nesta casa
Há segredos
Há sonhos
Há passado
Há histórias
Há saídas para outras paragens…”

 

janela com

Vi-te à janela e
Revivi épocas de outrora
Nesta casa
Nasci e cresci
Amei
Tornei-me mulher
Namorei e casei
E filha nasceu
Memórias que ficarão em mim para sempre

Nesta casa
Senti-te minha mãe
Senti-te meu pai
Senti-te meu irmão
Senti-te meu marido
Senti-te minha filha
Senti amor
Senti vida
Sentimentos que ficarão em mim para sempre

Nesta casa
Vi-te morrer meu pai
Vi-te adoecer minha mãe
Vi silêncio
Vi solidão
Vi tristeza
Mas também vi festejos
Vi alegria
Vi amor
Vi vida
Lembranças de todos em mim para sempre

Nesta casa
Há segredos
Há sonhos
Há passado
Há histórias
Há saídas para outras paragens
Procurei outro lugar porque a vida empurra

Nesta casa
Há novas gentes
Há novas vidas
Há uma nova casa
Há novos amores
Há novas histórias
Há que continuar o tempo que sobra em nós para sempre

D.

O nosso maior medo é a nossa luz!

Ter consciência do medo é determinante para a salvaguarda da vida. Não se trata pois, de ignorar o medo que existe como emoção natural, mas sim de aprender a controlar essa emoção e os sentimentos mais negativos que nos transmite.

Muitas vezes, o medo enquanto emoção transmite-nos sentimentos de domínio difícil e com impacto em cada um de nós. O sentimento que nos transmite ainda tem  trilhos por abrir e conhecer, temos de ser cuidadosos a exprimi-lo. A sua compreensão permite mudar a mente, ato isolado e individual, e evita a desadaptação, e o agravamento da nossa integração. Quer-se atingir um auto conforto à procura da luminosidade, do bem, da força e do outro que está em todos nós.

Tal como Charles Darwin nos diz, as emoções são fundamentais à sobrevivência da espécie e o medo em particular, permite-nos ter soluções imediatas para as ameaças com que somos confrontados.

Ter consciência do medo é determinante para a salvaguarda da vida. Não se trata pois, de ignorar o medo que existe como emoção natural, mas sim de aprender a controlar essa emoção e os sentimentos mais negativos que nos transmite.

Medo da luz … De que tem medo o ser humano? Da sua luz, do seu poder, de aceitar tornar-se responsável pelo seu destino pois nem sempre chega a coragem para realizar essas mudanças. Esta emoção que nos traz limitações e sentimentos de insegurança já sobejamente conhecidas – “Cuidado com os estranhos”; “Melhor jogar pelo seguro”; “Melhor não sair da zona de conforto”; “Mais vale um pássaro na mão que dois a voar” ou “Cuidado que te vais magoar”… e mais muito mais.

O medo foge das pessoas determinadas que o aprendem a controlar. Enfrentar os medos (escuridão) com a coragem (luz), deixar a nossa própria luz brilhar, todos à nossa volta farão o mesmo  – “A minha luz saúda a luz em você!” .

A vida maravilhosa está do outro lado do medo! Eis uma multiplicidade de conceitos associados a sentimentos com múltiplos caminhos que se cruzam no seguinte poema. de Marianne Williamson, em “Retorno ao Amor”. Boa reflexão!

“O nosso maior medo não é sermos inadequados. O nosso maior medo é sermos poderosos sem limites. É a nossa luz, não a nossa escuridão, que mais nos assusta. Perguntamo-nos a nós mesmos: “Quem sou eu para ser brilhante, belo, talentoso e fabuloso?” De facto, quem é você para não ser isso tudo? Você é um filho do universo. Ficar quietinho no seu canto não contribui em nada para o mundo. Não há nada de nobre em nos encolhermos a nós mesmos para que os outros não se sintam inseguros. Nascemos para manifestar a glória de Deus que está dentro de nós. Não está apenas dentro de alguns de nós; está em todos nós. E conforme permitimos que a nossa luz irradie, inconscientemente permitimos às pessoas à nossa volta que façam o mesmo. E conforme nos libertamos dos nossos medos, a nossa presença automaticamente liberta outros como nós.”

Escritora e conferencista reconhecida internacionalmente, os seus livros são grandes best-sellers em todo o mundo, inspirando milhões de pessoas.

  • “Um Ano de Milagres” – convida a “Transforme a sua vida mudando simplesmente a sua forma de pensar.”
  • “A Luz e a Sombra” – apela a “reconciliar-nos com a nossa Sombra, vamos reassumir o nosso poder – e só então poderemos ser livres de perseguir os nossos sonhos e mudar a nossa vida”
  • “A Lei da Recompensa Divina” – declara que “A compreensão do segredo desta lei inexplorada é a fonte de alegria para cada dimensão da sua vida – finanças, saúde e relacionamentos.

 

Leia, inspire-se, leve, partilhe e lembre-se que por detrás de todas as nuvens brilha sempre o sol! Brilhe na sua “nuvem”… confie, sonhe e arrisque.

 

Agora Nós, vamos falar de … Propósito?

Perguntas para refletir: O que é para ti Propósito? Já encontraste o teu? Seguir o teu propósito vai fazer tua vida valer a pena?

Estás interessado(a)? Tanto se fala destas matérias Aqui e Ali, estão sempre na ordem do dia … e agora Nós, vamos falar de … Propósito? O que é para ti Propósito? Já encontraste o teu? Seguir o teu propósito vai fazer tua vida valer a pena? Qual a importância de se ter um propósito? Sabes qual a relação entre propósito e felicidade? Será que se olhares para dentro de ti descobres o teu propósito?

Existe um ditado do Aikido que diz o seguinte: “Aquilo que é conhecido é trabalhável. Aquilo que é desconhecido pode nos derrubar.” E tu queres ser protagonista ou passageiro da tua própria vida? Queres trabalhar e escrever a tua própria história de vida ou simplesmente és daqueles que se  deixa ir ao sabor dos acontecimentos que outros te impõem. És apenas um livro com páginas em branco, sem história? Sem saber quem és, a qualquer momento és derrotável?

No decurso desta reflexão, dou conta que há muito mais perguntas do que respostas não será com certeza por acaso pois, na nossa caminhada interior à procura do nosso Propósito deparamo-nos com a mesma situação – questionamos, refletimos… questionamos, refletimos … e agimos ou não.

Às vezes, é preciso deixar que o tempo mostre a melhor reposta. Há sempre uma hora para aceitar … e uma hora para mudar!

Na vida, o equilíbrio é fundamental! Acredito que não estou aqui de passagem, que trago um propósito comigo, que sou responsável pelas minhas ações no mundo e que, decididamente, saberei encontrar algo que me torne uma personagem participante e ativa na construção da minha história e na do universo. É um sentimento de realização maior que faz sentido na minha caminhada interior – viver o meu propósito todos os dias!

Ver-me sozinha nestes pensamentos permite aprofundar o conhecimento que tenho de mim mesma, é o estar presente na minha vida, viver em mim, descobrir quem sou, quais as minhas áreas de paixão, que competências possuo, que desafios estou pronta a enfrentar … é ao realizar que as respostas estão comigo, vivem dentro de mim, são a minha companhia … sou a protagonista!

Citando C.G.Jung “Quem olha para fora sonha. Quem olha para dentro desperta”. Não será este o segredo para encontrar o “EU”, despertar o “SER”, tomar consciência de quem és e entender o teu Propósito de vida, conheceres-te a ti próprio?

Não sou nenhuma especialista nestas matérias, este é apenas o estudo, uma análise de mim para mim, o que aqui está expresso é o meu sentir, as minhas dúvidas, as minhas faltas de respostas, o meu querer, o meu despertar, a minha experiência… e tudo o mais que esteja associado a entender a importância de encontrar o meu propósito porque acredito que eu, tu, nós … cada um tem um Propósito de vida!

Este artigo pretende apenas ser um alerta, um “abre olhos”, fazer a chamada da consciência para teres um Propósito. Atreve-te, chega de dares murros em ponta de faca, descobre o teu propósito de vida, o sentido da tua vida, cumpre o teu papel no universo … escuta-te, ouve-te – as respostas que esperas estão no teu coração e na tua intuição.

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A felicidade está em mim, em ti, em nós … Vamos viver uma vida extraordinária!

“Só morre aquele que não viveu” – Frida Khalo

O olhar penetrante e desafiante que vemos nas fotos e pinturas de Frida Kahlo – Em exposição no Centro Português de Fotografia – Porto

Como não admirar Frida Kahlo!

Frida Kahlo continua a inspirar-nos como mulher e como artista que soube transformar a dor em arte!

Por isso a morte é tão magnífica. Porque não existe, porque só morre aquele que não viveu.”

“Cuatro Campanadas” Frida Kahlo

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No centro histórico da bela cidade do Porto, próximo da Torre dos clérigos, surge um imponente edifício, outrora Cadeia da Relação, onde se encontra instalado “O Centro Português de Fotografia”. Aqui está patente uma exposição a não perder, “Frida Kahlo – As suas Fotografias” até ao dia 4 de novembro de 2018. O preço do bilhete é oito euros e reverte para a Associação Salvador, que apoia pessoas com deficiência motora.

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Frida Kahlo, uma mulher ímpar que nos inspirou a escrever um artigoPés, para que os quero, se tenho asas para voar, e que nos continua a inspirar no amor pela vida, na atitude alegre e exuberante, na coragem na superação da dor, na arte e na liberdade de espírito. Tal como Frida, vivamos sem medo de ser quem queremos ser, de ser livres…

 

O que mais me marcou desta visita à exposição foi, sem dúvida, o documentário que revela momentos relevantes da sua vida e algumas das suas mais importantes obras. O documentário mostra a influência do pai Guillermo Kahlo um emigrante alemão, homem culto e liberal, um fotógrafo que gosta de se autofotografar (já havia selfies…ahahah). A mãe, mestiça mas com sangue espanhol, era muito religiosa, transmite-lhe o gosto pelos trajes indígenas e o orgulho pela identidade Mexicana. O marido Diego Rivera, com uma personalidade muito própria, corpulento diria que, à imagem do conto de fadas francês da Bela e do Monstro, fisicamente parece o mostro junto da figura delicada de Frida. Diego era um pintor reconhecido mas que soube apreciar Frida e sua arte. Engana-a com a sua irmã, Frida sofre e veste-se de acordo com os seus sentimentos.

Sou uma mulher prostrada no caminho da dor e da amargura, uma mulher cheia de dores e sofrimentos físicos. Também a alma e os sonhos me doem, os meus sentimentos estão tão danificados como a minha coluna.”

Sobre ela Diego disse:

Eu recomendo-a, não como esposo, mas como admirador entusiasta do seu trabalho amargo e terno, duro como ferro e delicado como a asa de uma borboleta, adorável como um sorriso, profundo e cruel como o que há de mais implacável na vida.

Fica na memória a imagem do olhar penetrante e desafiante que vemos nas suas fotos e pinturas. Uma postura sedutora, sem vergonha das deformações físicas do seu corpo que se agravam com o tempo (1907 – 1954). Um médico que depôs no documentário afirma que numa escala de 1 a 10 a dor física de Frida se situava, grande parte das vezes, no 10.

Não estou doente, estou destroçada …mas estou feliz por estar viva, desde que possa pintar.”

A fotografia fazia parte da sua vida manipulava-as com recortes e desenhos. Nas salas contíguas à da projeção do documentário, podemos apreciar um conjunto de fotografias que foram encontradas na “Casa Azul” a casa na Cidade do México, onde a pintora mexicana passou grande parte da sua vida e, que agora, é o Museu Frida Kahlo, conhecido como Casa Azul. As fotografias mostram pedaços da sua vida, as suas origens, o seu corpo dilacerado, amores e desamores, amigos e outras personagens que de algum modo tocaram a vida desta mulher.  Frida envolta em ligaduras é fotografada por um amante depois do seu divórcio. Mostra-nos que, apesar da dor, continua uma mulher sedutora.

 

Saiba mais em:

Centro Português de Fotografia

Associação Salvador