Millennials, primeira geração verdadeiramente globalizada

Conversando com jovens que pertencem a uma geração designada de “Geração do Milénio” também conhecida por “geração Y”, ou por Geração do “EU” (Generation “Me”), nascidos na década 1980 até finais da década 1990, disseram-nos considerar que:

Há uma grande diferença na maneira como as pessoas vivem agora o seu dia-a-dia em comparação com a forma como os meus pais viveram quando tinham a minha idade. A consciência sobre as questões ambientais, o tipo de alimentação e a aceitação da diferença entre pessoas surge cedo e mais facilmente. Obviamente a simplicidade com que nos movimentarmos pelo mundo ficando a conhecer culturas e locais diferentes e, principalmente o acesso facilitado à internet, veio mudar quase tudo. A maneira como as pessoas interagem, conhecem e partilham experiências é muito mais rápida. A evolução é natural ao ser humano e a tecnologia é uma parte dessa evolução. Por isso, considero que não há que ter medo ou, pensar de uma forma catastrófica sobre os efeitos da tecnologia no futuro, mas sim devemos aproveitar os seus benefícios que nos facilitam o dia-a-dia e nos ajudam na prevenção e tratamento de doenças.”

Estes jovens cresceram num mundo progressivamente mais global, com franco acesso às tecnologias, à informação digital e à comunicação em tempo real. Todas as gerações tem as suas particularidades mas esta é a primeira geração verdadeiramente globalizada!

O acesso facilitado à tecnologia que utilizaram desde a primeira infância, torna-se numa necessidade essencial para obter informação de forma fácil e rápida. Desenvolveram capacidades que lhes permitem estabelecer e manter ligações várias e relações pessoais próximas, ainda que à distância, partilhar experiências, trocar impressões, comparar, aconselhar e criar e divulgar conteúdos. Sendo uma geração informada, são mais preocupados com o ambiente e menos consumistas, surgem como a geração do Uber, do Airbnb, dos hostels, dos voos low cost, preferem a experiência à posse, percorrem o mundo como se estivessem em casa. Esta forma de estar e viver, faz transformar a economia com impacto nos sectores mais tradicionais.

Reunimos um grupo de jovens que se inicia no mundo do trabalho, tem vidas menos estruturadas que os seus pais tiveram e, muitas vezes, são obrigados a procurar trabalho fora do seu país, a quem pedimos um testemunho sobre a sua condição de jovens Millennials.

Sobre esta geração que está a iniciar-se no mundo do trabalho leia as entrevistas que fizemos as duas jovens e que publicámos em:

Inês Lopes

Inês Setas

 

O futuro: mobilidade elétrica? Inevitável!

Será que num futuro próximo vamos ter uma mudança no paradigma energético? A mobilidade elétrica vai ser mais uma realidade que irá substituir a atual – a dos combustíveis fósseis? O mundo passará a mover-se com energias mais limpas combatendo deste modo as consequentes emissões e pegada de carbono?

Declaração: Queremos este futuro no presente!

Na verdade, quase todas as marcas de automóveis já começaram ou estão em vias de construir, e outros a lançar os seus novos modelos movidos a eletricidade, mas a sua produção ainda é insignificante, não tem expressão. Quanto tempo ainda demorará esta revolução a acontecer? Quanto tempo mais temos de esperar? Quais os desafios que temos ainda de enfrentar e superar? Who knows?

Numa altura em que as condições ambientais são tão questionadas, em que se fala sobre as consequências calamitosas para a humanidade e para os sistemas que suportam a vida, devido às mudanças climáticas que estamos a provocar com o aumento da poluição, efeito de estufa entre outros indicadores, a opinião pública mais sensibilizada começa a insurgir-se e cada vez mais requer uma mudança de padrão.

A comunicação social há bem pouco tempo noticiou a ação interposta por um grupo de 10 famílias de vários países, incluindo Portugal, para o tribunal da União Europeia, contra alterações climáticas. Estas “Pessoas pelo Clima” insurgem-se contra as instituições europeias, por não fazerem tudo o que obrigatoriamente deviam para minimizar os impactos ambientais e travar as alterações climáticas.

A ONU tem vindo constantemente a alertar para as consequências das alterações climáticas no mundo inteiro. Recentemente um relatório elaborado por diversos cientistas sobre as alterações climáticas para 2030, apresenta um cenário catastrófico prevendo mudanças desastrosas no ecossistema mundial. E Portugal será um dos países da União Europeia mais afetado por essas mudanças.

O mundo tem até 2030, apenas 12 anos, para tomar medidas contra o agravamento do aquecimento global, no mínimo limitar em 1,5º Célsius o aumento da temperatura global. Caso contrário o nível das águas do mar sobe, com impacto nas chuvas e secas, o aumento da temperatura agrava a qualidade do ar e da água… e mais e muito mais.

Declaração: Queremos medidas contra o aquecimento global! 

A Economia Verde é a solução para a redução dos impactos ambientais. A mobilidade elétrica é um importante contributo para a mobilidade sustentável. É preciso acelerar a oferta de veículos com emissões zero e o incremento em larga escala de EV (electric vehicles), das infraestruturas e apoios necessários para a mobilidade humana se fazer em transportes amigos do ambiente.

Os Estados devem proteger os direitos fundamentais dos cidadãos, comprometerem-se a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e a promover políticas agressivas no sentido de descarbonizar o setor automóvel, que representa uma percentagem significativa das emissões de CO2.

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Declaração: Queremos usufruir de viaturas elétricas com emissões zero carbono!

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres avisou que “Se não alterarmos a orientação daqui até 2020, arriscamos consequências desastrosas para os humanos e os sistemas naturais que nos suportam”.

Acrescentou ainda António Guterres: “É imperativo que a sociedade civil – jovens, grupos de mulheres, setor privado, comunidades religiosas, cientistas e movimentos ecologistas em todo o mundo – reclamem a prestação de contas aos dirigentes”

Declaração: A equipa Hucilluc quer estar ativa e “condenar a paralisia dos líderes mundiais contra este fenómeno” tal como António Guterres advertiu!

Mas não se esqueça  – As suas escolhas diárias enquanto consumidor e as atitudes enquanto cidadão do mundo, também contam. 

Veja Aqui os dois artigos sobre o Energy Observer, embarcação movida a hidrogénio, (“Odisseia no mar num catamarã transformado” e “O Energy Observer continua a sua odisseia”). Esta é outra tecnologia que pode funcionar como uma alternativa viável ao combustível fóssil, pode ser aplicada na construção de carros com zero emissões, sendo que já existem comboios movidos a hidrogénio na Alemanha.

 

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Zero emissões. Carbono Zero

A Poluição e a fragilidade da vida humana

Ter práticas diárias sustentáveis e amigáveis em termos ecológicos é fundamental!

Este ano de 2018 vive-se em Portugal um verão estranho, com um mês de julho de temperaturas baixas e dias acinzentados, um início do mês de agosto de temperaturas bastante acima dos 40º, não normais para o nosso território, onde deflagram violentos incêndios que, Aqui e Ali, têm consumido não só vidas como os bens das populações. Realidade nua e crua que um documentário a que assisti me recordou e deixou a pensar na fragilidade da vida humana, na necessidade de preservamos a casa comum que habitamos – A Terra –  como garantia da nossa própria sobrevivência.

Cientes de que não podemos mudar interesses e poderes maiores, podemos através da nossa prática diária, procurar mudar as nossas atitudes para mudar o que nos rodeia. Estudos que vão sendo publicados e noticiados nos meios de comunicação social, falam-nos do grave problema da quantidade de plástico que existe nos oceanos e suas consequências.

Todos sabemos que os recursos que o planeta que habitamos nos oferece, são cada vez mais escassos, estão a esgotar-se e nós seres humanos estamos a forçar o limite do planeta, apesar dos avisos. O uso indiscriminado dos recursos  naturais, o desperdício e a poluição associada,  não deixa espaço à regeneração natural de novos recursos essenciais à nossa sobrevivência, provocando alterações significativas aos ciclos naturais do planeta.

Todas as espécies possuem capacidades de adaptação a novas condições ambientais e a espécie humana não quebra essa regra. No entanto, a vida humana parece ser a mais frágil. Não há muito tempo, assisti a um documentário sobre a catástrofe, resultante do maior acidente nuclear ocorrido, de Chernobyl na Ucrânia. Verifica-se que passados todos estes anos, a vida humana ainda tem dificuldade de sobrevivência e são muito poucas as pessoas que vivem dentro do perímetro da vasta zona afetada. O contrário está a acontecer com a vida selvagem, que se adaptou, modificou algumas das suas características e prospera. O estudo referido no documentário, apresentou imagens captadas por câmaras fotográficas instaladas para avaliar a vida selvagem local, diz-nos que a radiação que contamina toda a região, parece ter pouco impacto na distribuição das populações das espécies selvagens, no entanto apresentam uma longevidade mais curta pelos efeitos da radiação. Do mesmo modo, está a formar-se uma nova floresta de pinheiros e bétulas. É a natureza a adaptar-se! E nós humanos seremos capazes de nos adaptar e sobreviver saudáveis num planeta doente?

Para nós, ter práticas sustentáveis e amigáveis em termos ecológicos é fundamental! Precisa mesmo de utilizar tantos sacos e tantos produtos plásticos?

Para contrariar este “normal” estado das coisas, lançamos um desafio:

Lutar contra o uso excessivo do plástico.

É preciso agir! Adote hábitos tais como:

  • Sempre que comprar apenas uma peça individual de fruta, hortaliça ou outra, não coloque dentro de saco plástico. Em qualquer situação procure utilizar sacos de pano, ou feitos de materiais reciclados;
  • Nos cafés, recuse as palhinhas e as palhetas plásticas, peça uma colher para dissolver o açúcar;
  • No trabalho, use uma chávena de louça, em vez do copo descartável;
  • Não utilize louça plástica descartável;
  • Utilize uma garrafa de vidro ou metal para transportar a água;
  • Não utilize caixas plásticas para guardar comida, use caixas e frascos de vidro;
  • Procure utilizar produtos alternativos às tradicionais escovas de dentes e cotonetes discos de limpeza facial, etc.
  • Sempre que possível escolha produtos reutilizáveis.
  • Reduza ou anule o consumo de cosméticos com esfoliantes sintéticos e repense o seu consumo trocando-os por produtos caseiros.

Sempre que utilizar ou adquirir algo, faça-o de forma consciente e sinta-se feliz por saber que a sua atitude é amiga do ambiente e promove o bem-estar geral.

Se quiser, quando um hábito sustentável fizer parte da sua rotina, partilhe-o connosco para que o possamos também adotar e divulgar.

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Conheça um projeto sobre a poluição no mar e o seu impato, no site do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, da Universidade do Porto.

Associação Fazedores da Mudança – Portugal a Cuidar da Casa Comum

“Para os que ainda se possam sentir confusos, uma palavra de conforto: com muitos de nós acontece o mesmo. Esta é de facto uma iniciativa que sai completamente fora de tudo o que conheço, em termos organizativos. Da minha experiência o melhor é deixar fluir e vai chegar um momento em que tudo fica mais claro”

Temos vindo a acompanhar o trabalho excecional feito pela Associação Fazedores da Mudança em prol de uma sociedade mais justa e responsável pelo meio ambiente. Procuramos nas nossas atitudes ser responsáveis, dando o nosso pequeníssimo contributo acreditando que, como disse Madre Teresa de Calcutá

Eu sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele o oceano seria menor

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Para que se inspire nesta ação comprometida com tudo o que nos rodeia e quem sabe, vir a participar de forma ativa nesta associação, transcrevemos o testemunho dado por Paula Alves  (presidente da direção), sobre um evento ocorrido recentemente em Lisboa, no âmbito da Campanha de Mobilização Nacional para Portugal a Cuidar da Casa Comum que tivemos oportunidade de anunciar na nossa página do Facebook. As fotos aqui publicadas são da Associação Fazedores de Mudança.

 

 

Que cada um de nós seja fazedor de mudança!

 

 

 

Aqui fica o balanço do evento, o agradecimento e o de desafio à participação de Paula Alves

Amigos,

O dia de hoje foi para nós muito especial. Mais um passo foi dado na preparação da Campanha de Mobilização Nacional para Portugal a Cuidar da Casa Comum, e os vossos contributos são preciosos.

Mais uma vez, em nome da Associação Fazedores da Mudança, a nossa profunda gratidão… a cada um de vós que escolheram partilhar connosco, um pouco do vosso tempo e energia; a cada um dos ausentes que mesmo não estando fisicamente presentes, sentimos o vosso carinho; à Alexandra, Njiza, Vanda e ao Nuno da Comunidade Art of Hosting pela generosidade, acolhimento e facilitação do diálogo construtivo; ao José Gonçalves-Pinto do ULAB do ISEG pela nobreza do espaço e pela persistência no desafio de ajudar a criar as condições para que o novo paradigma possa emergir de dentro de cada um de nós;ao Bruno e à Cláudia pelo Qualia e pela dedicação às Pessoas e à Casa Comum.

O Passo seguinte é formar equipa. 
Equipa esta que tal como disseram é desejável que seja flexível, orgânica, motivada, responsável, consciente e que genuinamente se comprometa com o que está a fazer.

Por mais pequena que seja a tarefa, os que de vós sentem no vosso coração que têm de estar envolvidos, façam favor de dar um passinho em frente e dizerem o vosso SIM. 🙂

Para finalizar, duas notas:

  1. para os que ainda se possam sentir confusos, uma palavra de conforto: com muitos de nós acontece o mesmo. Esta é de facto uma iniciativa que sai completamente fora de tudo o que conheço, em termos organizativos. Da minha experiência o melhor é deixar fluir e vai chegar um momento em que tudo fica mais claro. De resto estou disponível para responder a todas as questões que quiserem colocar.
  2. partilho convosco:

Podcast com a indicação das várias entrevistas:
https://www.facebook.com/fazedoresmudanca/

Álbum de Fotos:

https://www.facebook.com/pg/fazedoresmudanca/photos/?tab=album&album_id=1050217551819182

Carta Aberta de Compromisso para subscrição (o site está em transformação):
http://www.terra.org.pt/carta-aberta.html

Deixo-vos agora com um ….Até já! 

A todos, um abraço do tamanho do Universo…

Tenham dias felizes

Paula Alves”

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