A Biodanza na perspetiva de Catarina Almeida

O reencontro com a alegria, a espontaneidade, o reforço da autoestima e também o prazer de viver e de se encantar com as coisas mais simples.

Os meios de comunicação social levaram-nos a conhecer Catarina Almeida que se dedica de corpo e alma a uma paixão a Biodanza. Deixa-nos um desafio experimentar esta prática que não tem contraindicações e pode ser realizada por pessoas de todas as idades. Leia  a entrevista e deixe-se envolver numa corrente de celebração, de respeito por si e pela vida em todas as suas formas.

“…um resgate do significado da vinculação com todas as formas de vida num ritual de celebração, da alegria de viver, do prazer de viver, da espontaneidade e descoberta, presentes a cada instante, do respeito por si mesmo, a par do vínculo com os outros, e também da harmonia e ligação ao sagrado que existe em toda a vida.”

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Nós: Biodanza a “dança da vida” pode explicar um pouco melhor este conceito?

Catarina Almeida: Bom, na verdade a ideia que fez nascer a Biodanza é muito simples e resultou da observação da sociedade e das pessoas e da urgência de devolver ao ser humano um sentido de sacralidade e de respeito por si próprio e pela Vida, em todas as suas formas.

Nesse sentido, o que Rolando Toro Araneda (Chileno que desenhou a Biodanza na década de 60) nos propõe é um resgate do significado da vinculação com todas as formas de vida num ritual de celebração.

Um resgate também das funções originárias da vida: da alegria de viver, do prazer de viver, da espontaneidade e descoberta, presentes a cada instante, do respeito por si mesmo, a par do vínculo com os outros, e também da harmonia e ligação ao sagrado que existe em toda a vida.

A Biodanza devolve-nos às heranças remotas da espécie humana em que todos os factos da vida eram celebrados: os nascimentos, as colheitas, as estações… pelo encontro com a dança, o canto e a música, onde esses momentos ganhassem significado pela união dos membros de um grupo.

Nós: Qual a sua história ou como surgiu esta proposta inovadora de dança?

Catarina Almeida: Para mim a Biodanza foi um amor à primeira aula. Estava num momento de grande transformação e mudança na minha vida: por um lado estava um pouco perdida e por outro sentia em mim uma enorme coragem para fazer escolhas novas e diferentes.

E a aula que fui experimentar era sobre o Tigre, um dos 4 animais que dançamos e que, em Biodanza, representa a qualidade de foco, de ação ousada e inteligente, de assertividade e disposição para assumir as próprias escolhas.

Não queria acreditar no que vivi, dancei e me fez perder essa noite de sono. Mas não era para menos: aquela noite no verão de 2010 ainda hoje tem um imenso impacte na minha vida.

O que mais me surpreendeu e encantou nessa primeira experiência foi o ambiente alegre e genuíno, espontâneo e simples que nunca tinha encontrado igual (e ainda hoje sinto assim). Senti-me acolhida e livre para ser eu mesma. Foi um momento extraordinário que é sempre capaz de me comover.

Nós: E qual a sua importância para o corpo e mente do praticante?

Catarina Almeida: Na verdade toda a prática da Biodanza tem por objetivo a integração da Identidade humana, entendida como diálogo coerente entre o que penso, como comunico, como me sinto e como ajo. Ou seja, encontra-se a coerência e a harmonia entre corpo e mente mediados pelo coração.

Parece simples mas muitos de nós experimentamos o que em Biodanza chamamos de dissociação: sentimos uma coisa mas fazemos outra, dizemos uma coisa mas agimos noutro sentido. E para muitos, só chegar a perceber isto já é uma incrível descoberta.

A valorização excessiva das competências mentais e o ritmo de vida alucinante são os responsáveis pelas nossas doenças: o esgotamento, o burnout, os problemas de sono e por aí fora… têm a sua origem na falta de escuta do corpo, dos seus tempos e da sua inteligência própria.

Parece-me que para muitos de nós o dia-a-dia está cheio de coisas para fazer e à minha volta escuto sobre o cansaço, as rotinas e agitação constantes, as listas de coisas para fazer sempre maiores que os dias. Por outro lado, levamos um estilo de vida sedentário e muito parado.

Dançar traz alegria, liga-nos aos nossos ritmos e tem reflexos rápidos na saúde, no sono e na atenção a si mesmo, o que leva a um maior autocuidado e à descoberta de novos recursos e respostas.

Nós: Como pode a Biodanza desenvolver o lado emocional de quem pratica esta arte?

Catarina Almeida: Quando se pratica Biodanza como processo de desenvolvimento vivencial fica favorecido o acesso a potenciais e à compreensão de nós próprios que vão muito além da experiência do quotidiano, onde podem permanecer adormecidos.

Apesar das aulas terem uma forte orientação metodológica, na verdade elas são únicas e diferentes todas as semanas, o que faz de cada encontro do grupo uma experiência nova e uma surpresa.

Também por isso, dançar não é uma experiência rotineira e traz uma sensação de renovação e de bem-estar que se reflete no ânimo e boa disposição, no meu olhar perante a vida.

Como primeiras conquistas são experimentadas a redução do stress, o aprender da própria regulação entre ação e descanso e o reencontrar de uma real sensação de harmonia orgânica e de bem-estar. Daqui surge o reencontro com a alegria, a espontaneidade, o reforço da autoestima e também o prazer de viver e de se encantar com as coisas mais simples.

Não é invulgar surgirem formas de elaboração e de expressão criativa ou mesmo artística para surpresa dos próprios… Surge ainda uma nova relação consigo mesmo desde esses novos lugares que se reflete naturalmente na relação com os outros e numa ligação ao maravilhoso e sagrado da vida.

Nós: Como pode uma dança “induzir modificações existenciais”? Como pode esta técnica para além de renovar energias, estimular a criatividade e resgatar a essência do ser humano?

Catarina Almeida: Com o tempo e com uma prática regular de Biodanza aprende-se a traduzir os elementos da própria vida em movimento e acede-se à experiência coerente do próprio processo existencial: eu vivo como eu danço e eu danço como eu vivo.

É nesta ponte entre dança e vida que eu conquisto a capacidade de escolher e empreender mudanças existenciais, porque me conheço, me experimento e daí surgem decisões sobre o que é positivo para a minha vida.

O meu movimento e a minha dança informam-me sobre mim própria numa verdade que se reconhece em vivência. O conceito de vivência devolve-me ao presente do aqui e agora e neste momento o meu movimento é pleno de sentido, é a experimentação real, inteira e intensamente vivida de contacto com o profundo, subjetivo e irrepetível que é a própria Vida.

Depois desta experiência e da sua verdade intrínseca eu aprendo sobre mim e passo a reconhecer, a saber o que é bom e o que não é bom para mim naquele momento da minha vida. Está aqui a origem das escolhas que depois faço.

Nós: Pode enunciar ou descrever alguns dos benefícios que esta atividade propícia para a saúde bem-estar dos praticantes?

Catarina Almeida: Apesar de ter efeitos terapêuticos, a Biodanza não pode ser classificada enquanto terapia pois não parte de um diagnóstico externo.

Estão cientificamente comprovados vários dos seus benefícios, tanto físicos como psicológicos, e as principais melhorias reportadas dão-se a nível dos sistemas orgânicos e psicomotores: metabólico, neurovegetativo, endócrino e imunológico, assim como a nível psicológico: emocional, afetivo e relacional.

Estes são os principais benefícios que pode trazer uma prática regular de Biodanza:

  • Melhora a qualidade de vida, aumenta a saúde geral, a sensação de harmonia orgânica e bem-estar;
  • Resgata a motivação, a alegria e o prazer de viver, amplia capacidades motoras e aumenta a energia vital;
  • Fortalece a autoimagem, a autoestima e a expansão da confiança em si mesmo e facilita o reencontro com a expressão da espontaneidade e da autenticidade;
  • Estimula a comunicação e a expressão dos sentimentos de forma integrada e amplia a consciência e a perceção de si, do outro, do espaço e do tempo;
  • Cria um espaço protegido para o autoconhecimento, para identificar desafios, superar dificuldades e alterar comportamentos e o desenvolvimento integrado da identidade e dos próprios potenciais;
  • Motiva a exploração criativa, a experimentação e a capacidade de expressão pela arte e apoia a capacidade de buscar novas possibilidades, acolhe a mudança e a realização pessoal;
  • Desperta uma nova ecologia humana baseada na escuta, cuidado e amorosidade nas relações e nutre a criação de um contexto afetivo vivencial positivo e de pertença a um grupo;
  • Incentiva uma nova forma de relação com a natureza e com toda a Vida, baseada no amor.

A prática regular leva a uma reavaliação de hábitos e comportamentos quotidianos e permite alargar a perceção e encontrar novas atitudes e estilos de vida mais saudáveis.

Nós: Como é composta uma aula de biodanza? É necessário ter alguma aptidão particular para a prática desta dança?

Catarina Almeida: Para vos dizer a verdade é bem mais fácil dançar do que explicar! E é tão simples que nem sequer é preciso saber dançar: o que é convidado a aparecer é o movimento natural que responde à música e ao grupo e assim ficam fora da sala os padrões estéticos e a procura pela “resposta certa” ou “bonita”. A dança e o dançarino estão em presença e de mão dada com a totalidade da própria vida humana.

A Biodanza não tem contraindicações e pode ser praticada por pessoas de todas as idades.

Nós: “Trata-se de aprender a ‘dançar a vida’ e descobrir o ‘prazer de viver’” Pode comentar esta citação de Rolando Toro, antropólogo, psicólogo, pintor, professor, poeta chileno e o criador da Biodanza?

Catarina Almeida: Quando me perguntam “mas afinal de contas o que é a Biodanza?” pois não tenho facilidade em responder: não é um desporto, não é uma terapia, não é uma arte performativa e seguramente não é uma religião.

Mas é sem qualquer dúvida uma proposta de genial simplicidade, integrada e inovadora, que junta conhecimentos da Ciência com a abordagem singular da Arte. O foco está em viver – aqui e agora e aí se encontram os valores essenciais de cuidado pela vida.

Rolando Toro Araneda percebeu a nossa falta de conexão com o essencial em nós, enquanto indivíduos e enquanto espécie e daí a sua genial criação que tem dado a mim e a muitos outros pelo mundo inteiro o argumento que faz da nossa Vida a Arte Maior: a Arte de Viver.

Deixe-se inspirar assistindo ao vídeo de Catarina Almeida  

 

 

Agora Nós, vamos falar de … Propósito?

Perguntas para refletir: O que é para ti Propósito? Já encontraste o teu? Seguir o teu propósito vai fazer tua vida valer a pena?

Estás interessado(a)? Tanto se fala destas matérias Aqui e Ali, estão sempre na ordem do dia … e agora Nós, vamos falar de … Propósito? O que é para ti Propósito? Já encontraste o teu? Seguir o teu propósito vai fazer tua vida valer a pena? Qual a importância de se ter um propósito? Sabes qual a relação entre propósito e felicidade? Será que se olhares para dentro de ti descobres o teu propósito?

Existe um ditado do Aikido que diz o seguinte: “Aquilo que é conhecido é trabalhável. Aquilo que é desconhecido pode nos derrubar.” E tu queres ser protagonista ou passageiro da tua própria vida? Queres trabalhar e escrever a tua própria história de vida ou simplesmente és daqueles que se  deixa ir ao sabor dos acontecimentos que outros te impõem. És apenas um livro com páginas em branco, sem história? Sem saber quem és, a qualquer momento és derrotável?

No decurso desta reflexão, dou conta que há muito mais perguntas do que respostas não será com certeza por acaso pois, na nossa caminhada interior à procura do nosso Propósito deparamo-nos com a mesma situação – questionamos, refletimos… questionamos, refletimos … e agimos ou não.

Às vezes, é preciso deixar que o tempo mostre a melhor reposta. Há sempre uma hora para aceitar … e uma hora para mudar!

Na vida, o equilíbrio é fundamental! Acredito que não estou aqui de passagem, que trago um propósito comigo, que sou responsável pelas minhas ações no mundo e que, decididamente, saberei encontrar algo que me torne uma personagem participante e ativa na construção da minha história e na do universo. É um sentimento de realização maior que faz sentido na minha caminhada interior – viver o meu propósito todos os dias!

Ver-me sozinha nestes pensamentos permite aprofundar o conhecimento que tenho de mim mesma, é o estar presente na minha vida, viver em mim, descobrir quem sou, quais as minhas áreas de paixão, que competências possuo, que desafios estou pronta a enfrentar … é ao realizar que as respostas estão comigo, vivem dentro de mim, são a minha companhia … sou a protagonista!

Citando C.G.Jung “Quem olha para fora sonha. Quem olha para dentro desperta”. Não será este o segredo para encontrar o “EU”, despertar o “SER”, tomar consciência de quem és e entender o teu Propósito de vida, conheceres-te a ti próprio?

Não sou nenhuma especialista nestas matérias, este é apenas o estudo, uma análise de mim para mim, o que aqui está expresso é o meu sentir, as minhas dúvidas, as minhas faltas de respostas, o meu querer, o meu despertar, a minha experiência… e tudo o mais que esteja associado a entender a importância de encontrar o meu propósito porque acredito que eu, tu, nós … cada um tem um Propósito de vida!

Este artigo pretende apenas ser um alerta, um “abre olhos”, fazer a chamada da consciência para teres um Propósito. Atreve-te, chega de dares murros em ponta de faca, descobre o teu propósito de vida, o sentido da tua vida, cumpre o teu papel no universo … escuta-te, ouve-te – as respostas que esperas estão no teu coração e na tua intuição.

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A felicidade está em mim, em ti, em nós … Vamos viver uma vida extraordinária!

Associação Fazedores da Mudança – Portugal a Cuidar da Casa Comum

“Para os que ainda se possam sentir confusos, uma palavra de conforto: com muitos de nós acontece o mesmo. Esta é de facto uma iniciativa que sai completamente fora de tudo o que conheço, em termos organizativos. Da minha experiência o melhor é deixar fluir e vai chegar um momento em que tudo fica mais claro”

Temos vindo a acompanhar o trabalho excecional feito pela Associação Fazedores da Mudança em prol de uma sociedade mais justa e responsável pelo meio ambiente. Procuramos nas nossas atitudes ser responsáveis, dando o nosso pequeníssimo contributo acreditando que, como disse Madre Teresa de Calcutá

Eu sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele o oceano seria menor

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Para que se inspire nesta ação comprometida com tudo o que nos rodeia e quem sabe, vir a participar de forma ativa nesta associação, transcrevemos o testemunho dado por Paula Alves  (presidente da direção), sobre um evento ocorrido recentemente em Lisboa, no âmbito da Campanha de Mobilização Nacional para Portugal a Cuidar da Casa Comum que tivemos oportunidade de anunciar na nossa página do Facebook. As fotos aqui publicadas são da Associação Fazedores de Mudança.

 

 

Que cada um de nós seja fazedor de mudança!

 

 

 

Aqui fica o balanço do evento, o agradecimento e o de desafio à participação de Paula Alves

Amigos,

O dia de hoje foi para nós muito especial. Mais um passo foi dado na preparação da Campanha de Mobilização Nacional para Portugal a Cuidar da Casa Comum, e os vossos contributos são preciosos.

Mais uma vez, em nome da Associação Fazedores da Mudança, a nossa profunda gratidão… a cada um de vós que escolheram partilhar connosco, um pouco do vosso tempo e energia; a cada um dos ausentes que mesmo não estando fisicamente presentes, sentimos o vosso carinho; à Alexandra, Njiza, Vanda e ao Nuno da Comunidade Art of Hosting pela generosidade, acolhimento e facilitação do diálogo construtivo; ao José Gonçalves-Pinto do ULAB do ISEG pela nobreza do espaço e pela persistência no desafio de ajudar a criar as condições para que o novo paradigma possa emergir de dentro de cada um de nós;ao Bruno e à Cláudia pelo Qualia e pela dedicação às Pessoas e à Casa Comum.

O Passo seguinte é formar equipa. 
Equipa esta que tal como disseram é desejável que seja flexível, orgânica, motivada, responsável, consciente e que genuinamente se comprometa com o que está a fazer.

Por mais pequena que seja a tarefa, os que de vós sentem no vosso coração que têm de estar envolvidos, façam favor de dar um passinho em frente e dizerem o vosso SIM. 🙂

Para finalizar, duas notas:

  1. para os que ainda se possam sentir confusos, uma palavra de conforto: com muitos de nós acontece o mesmo. Esta é de facto uma iniciativa que sai completamente fora de tudo o que conheço, em termos organizativos. Da minha experiência o melhor é deixar fluir e vai chegar um momento em que tudo fica mais claro. De resto estou disponível para responder a todas as questões que quiserem colocar.
  2. partilho convosco:

Podcast com a indicação das várias entrevistas:
https://www.facebook.com/fazedoresmudanca/

Álbum de Fotos:

https://www.facebook.com/pg/fazedoresmudanca/photos/?tab=album&album_id=1050217551819182

Carta Aberta de Compromisso para subscrição (o site está em transformação):
http://www.terra.org.pt/carta-aberta.html

Deixo-vos agora com um ….Até já! 

A todos, um abraço do tamanho do Universo…

Tenham dias felizes

Paula Alves”

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Joana Teixeira e “The therapist”

“Tendemos a procurar muito o ideal da perfeição, principalmente nós mulheres …isso não existe.”

Vamos crescer partilhando, inspirar vidas e ser felizes com o que fazemos! Aqui ficam as palavras escritas de Joana Teixeira, criadora do “The Therapist” – que surge “da vontade de mudança, de ajudar quem nos visita, de deixar o mundo um sítio melhor do que o que encontrámos quando aqui chegámos.

“A palavra é algo muito forte e que fica para sempre gravada, por isso, tenta sempre utilizá-la para o bem.”

 

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Nós: Quem é a mulher Joana Teixeira que está à frente dos desígnios da marca The Therapist?  Como surgiu o The Therapist? Qual o conceito que está subjacente?

Joana Teixeira: A Joana é mulher como tantas outras, casada, com um menino de 2 anos de idade, que largou a sua carreira em gestão de marcas de grandes multinacionais para criar um espaço de bem-estar que alia a alimentação, as terapias  e o conhecimento num só local. Esta mudança de vida aconteceu após questões de saúde relacionadas com a pele, cuja solução apenas foi encontrada na medicina tradicional chinesa aliada à terapia quântica numa vertente mais emocional, assim como uma mudança alimentar e de estilo de vida. Os últimos 8 anos foram dedicados a pensar neste projecto ao detalhe, o The Therapist, e há pouco mais de 1 ano surgiu a oportunidade de lhe dar vida, aqui na LxFactory.

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Nós: A visão oriental do conceito de saúde valoriza o sentimento positivo, de harmonia e de bem-estar.  Pode-se afirmar que este projeto bebe muito desta filosofia, da importância em encontrar o equilíbrio entre – físico, mental, espiritual e energético – mente sã corpo são?

Joana Teixeira: Eu acredito que acima de tudo a mente tem de estar sã e o resto vem por acréscimo. Tendemos a procurar muito o ideal da perfeição, principalmente nós mulheres, temos ideais da mulher perfeita, carinhosa, profissional, boa mãe, que faz desporto, que se alimenta bem, que anda sempre impecável e, na maioria das vezes, isso não existe. E está tudo bem! Acima de tudo acredito que a nossa mente deve estar bem e para isso, o que é importante para mim, pode não ser para outra pessoa. O fundamental será sempre percebermos o que nos faz bem e perseguir isso, seja só estar rodeado de amigos e família, ter uma boa alimentação ou estar presente aqui e no agora. E nós queremos ser um contributo para esse bem-estar mental.

O objectivo deste projecto é acima de tudo dar as ferramentas para que as pessoas possam estar bem através das vertentes que consideramos importantes (para nós): a alimentação saudável, as terapias e o conhecimento.

 

Nós: As pessoas cada vez estão mais abertas e começam já a recorrer às Medicinas Complementares ditas alternativas, essa terá sido a razão principal, para se lançar neste projeto?

Joana Teixeira: Não. Quando o projecto começou a ser pensado, há cerca de 8 anos, estas medicinas não convencionais ainda eram pouco conhecidas e os espaços que existiam na altura apenas se  dedicavam a um tipo de terapia, ou a uma vertente. Este projecto surge mesmo para ser um dos contribuidores para esta abertura e crescimento das terapias não convencionais e da alimentação saudável.

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Nós: Quando abriu a “The Therapist” tinha a noção perfeita do que pretendia, iniciou com todas as atividades atuais ou foram crescendo à medida das necessidades e da procura?

Joana Teixeira: Quando abrimos tínhamos perfeita noção do que queríamos, mas este ano tem realmente sido um ano de grande aprendizagem. Por exemplo, nunca pensámos que o nosso restaurante teria tamanho sucesso. Sempre pensámos que seria apenas uma cafetaria de apoio às terapias e acabou por se revelar uma vertente fundamental deste projecto, tanto que já tivemos de ampliar a zona de mesas para conseguir servir mais pessoas que nos procuram todos os dias para usufruírem de uma refeição saudável, sem açúcares refinados nem lacticínios mas com um sabor incrível. É um projecto que cresce com as pessoas: quem trabalha aqui no espaço e quem nos visita. Não é um projecto estanque, vai crescendo e aprendendo com as pessoas e vai evoluindo também. As terapias que temos actualmente são aquelas com que começamos à excepção da Terapia de Gengibre e a Nutrição Funcional.

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Nós: Afirmação vossa, The Therapist School é uma escola da vida. Porquê? Quais os cursos, workshops que se ministram na vossa escola? São muito requisitados? Tem algum agendado neste momento?

Joana Teixeira: É uma escola da vida porque nos ensina tudo o que não nos ensinaram na escola tradicional e que consideramos de extrema importância para os dias de hoje. Isto pode ir desde alimentação saudável, a mindfullness, a gestão de finanças, relações pessoais, arranjos caseiros,.. O céu é o limite! Neste momento estamos a trabalhar num formato de curso com vários módulos lecionado por pessoas de referência em cada área que iremos lançar no regresso à escola depois do Verão.

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Nós: O que é o vosso Ambulatório? Que tipo de consultas oferecem?

Joana Teixeira: O Ambulatório foi o nome inicial que demos ao nosso restaurante por ser a zona onde as pessoas iriam esperar e recuperar das consultas. A terapia acaba por ser a refeição saudável e saborosa que servimos no nosso restaurante.

Nós: Que tipo de terapias proporcionam aos vossos clientes? E o que são?

Joana Teixeira: Vejam no nosso website www.thetherapist.pt todas as nossas terapias que temos e descrição.

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Nós: O que é um restaurante flexitariano biológico? Porque seguem esta linha na alimentação?

Joana Teixeira: Seguimos a linha flexitariana na alimentação e em tudo. Acreditamos que a vida é para ser vivida sem fundamentalismos e refletimos isso em tudo o que fazemos no nosso espaço. Temos também muitas famílias que nos visitam com escolhas alimentares diferentes, por exemplo, o pai come peixe mas a mãe é vegetariana e queremos ter opções para todos os membros da Alimentação família. Temos sempre opções vegan, vegetarianas e uma de peixe. Temos também opções sem glúten, por exemplo. O que realmente não servimos são produtos com açúcar refinado nem lacticínios, porque queremos que as pessoas conheçam uma alimentação diferente e que percebam que é possível fazer sobremesas deliciosas, como o nosso tão conhecido bolo de cacau, sem qualquer açúcar nem leite.

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Nós: Pode apresentar um pouco o vosso Menu, a vossa ementa? Por exemplo o que é uma sobremesa literalmente terapêutica?

Joana Teixeira: O nosso menu de almoço muda todos os dias consoante os produtos da época e o tipo de alimentação que se deve fazer em cada estação. As sobremesas também estão sempre a mudar, excepto o nosso bolo de cacau que temos sempre de ter disponível senão os nossos clientes habituais chateiam-se! Podem aceder ao menu completo na nossa página de facebook. https://www.facebook.com/TherapiLx/menu/

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Nós: O que é a Biblioterapia? Fazem leituras orientadas para o bem-estar?

Joana Teixeira: A biblioterapia é o processo terapêutico que se realiza através da orientação e prescrição de leituras, tendo como principal objetivo restabelecer na pessoa os estados de equilíbrio, harmonia e motivação. Atuando nas mais diversas áreas do desenvolvimento humano, as sessões de biblioterapia fornecem técnicas e ferramentas para que o participante resgate o seu potencial e ultrapasse os obstáculos que o estão a impedir de atingir a sua felicidade e o seu sucesso. Cada sessão é orientada para o paciente em questão e a sua patologia.

 

Nós: Pode deixar uma pequena receita que suscite água na boca aos nossos clientes e o desejo de aprender a fazer bem e a comer saudável?

Joana Teixeira: Todos os meses publicamos uma receita nossa na nossa página de instagram. É uma questão de a irem seguindo! Temos por exemplo esta que é uma das nossas melhores sopas: https://www.instagram.com/p/Be2xJUOBQsu/?taken-by=thetherapistlx

 

Nós: Deixe-nos um desafio ou mensagem sobre algo que esteja ao alcance de cada um de nós fazer, como contributo para um mundo melhor.

Joana Teixeira: Eu tenho uma frase de Don Miguel Ruiz que me acompanha sempre e tento pôr em prática todos os dias – “be impeccable with your word” – ou seja, sê sempre irrepreensível naquilo que dizes. Se tens algo a dizer que sabes que não vai ser um contributo positivo para o mundo ou para quem o estás a dizer, guarda para ti. A palavra é algo muito forte e que fica para sempre gravada, por isso, tenta sempre utilizá-la para o bem.

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A porta está aberta, atreva-se a entrar! Vai adorar