O futuro: mobilidade elétrica? Inevitável!

Será que num futuro próximo vamos ter uma mudança no paradigma energético? A mobilidade elétrica vai ser mais uma realidade que irá substituir a atual – a dos combustíveis fósseis? O mundo passará a mover-se com energias mais limpas combatendo deste modo as consequentes emissões e pegada de carbono?

Declaração: Queremos este futuro no presente!

Na verdade, quase todas as marcas de automóveis já começaram ou estão em vias de construir, e outros a lançar os seus novos modelos movidos a eletricidade, mas a sua produção ainda é insignificante, não tem expressão. Quanto tempo ainda demorará esta revolução a acontecer? Quanto tempo mais temos de esperar? Quais os desafios que temos ainda de enfrentar e superar? Who knows?

Numa altura em que as condições ambientais são tão questionadas, em que se fala sobre as consequências calamitosas para a humanidade e para os sistemas que suportam a vida, devido às mudanças climáticas que estamos a provocar com o aumento da poluição, efeito de estufa entre outros indicadores, a opinião pública mais sensibilizada começa a insurgir-se e cada vez mais requer uma mudança de padrão.

A comunicação social há bem pouco tempo noticiou a ação interposta por um grupo de 10 famílias de vários países, incluindo Portugal, para o tribunal da União Europeia, contra alterações climáticas. Estas “Pessoas pelo Clima” insurgem-se contra as instituições europeias, por não fazerem tudo o que obrigatoriamente deviam para minimizar os impactos ambientais e travar as alterações climáticas.

A ONU tem vindo constantemente a alertar para as consequências das alterações climáticas no mundo inteiro. Recentemente um relatório elaborado por diversos cientistas sobre as alterações climáticas para 2030, apresenta um cenário catastrófico prevendo mudanças desastrosas no ecossistema mundial. E Portugal será um dos países da União Europeia mais afetado por essas mudanças.

O mundo tem até 2030, apenas 12 anos, para tomar medidas contra o agravamento do aquecimento global, no mínimo limitar em 1,5º Célsius o aumento da temperatura global. Caso contrário o nível das águas do mar sobe, com impacto nas chuvas e secas, o aumento da temperatura agrava a qualidade do ar e da água… e mais e muito mais.

Declaração: Queremos medidas contra o aquecimento global! 

A Economia Verde é a solução para a redução dos impactos ambientais. A mobilidade elétrica é um importante contributo para a mobilidade sustentável. É preciso acelerar a oferta de veículos com emissões zero e o incremento em larga escala de EV (electric vehicles), das infraestruturas e apoios necessários para a mobilidade humana se fazer em transportes amigos do ambiente.

Os Estados devem proteger os direitos fundamentais dos cidadãos, comprometerem-se a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e a promover políticas agressivas no sentido de descarbonizar o setor automóvel, que representa uma percentagem significativa das emissões de CO2.

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Declaração: Queremos usufruir de viaturas elétricas com emissões zero carbono!

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres avisou que “Se não alterarmos a orientação daqui até 2020, arriscamos consequências desastrosas para os humanos e os sistemas naturais que nos suportam”.

Acrescentou ainda António Guterres: “É imperativo que a sociedade civil – jovens, grupos de mulheres, setor privado, comunidades religiosas, cientistas e movimentos ecologistas em todo o mundo – reclamem a prestação de contas aos dirigentes”

Declaração: A equipa Hucilluc quer estar ativa e “condenar a paralisia dos líderes mundiais contra este fenómeno” tal como António Guterres advertiu!

Mas não se esqueça  – As suas escolhas diárias enquanto consumidor e as atitudes enquanto cidadão do mundo, também contam. 

Veja Aqui os dois artigos sobre o Energy Observer, embarcação movida a hidrogénio, (“Odisseia no mar num catamarã transformado” e “O Energy Observer continua a sua odisseia”). Esta é outra tecnologia que pode funcionar como uma alternativa viável ao combustível fóssil, pode ser aplicada na construção de carros com zero emissões, sendo que já existem comboios movidos a hidrogénio na Alemanha.

 

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Zero emissões. Carbono Zero

O “Energy Observer” continua a sua odisseia

O rio Tejo deixa de ter o catamarã Energy Observer que segue a sua odisseia pelo mundo até 2022.

Continuando a sua viagem pelo mundo levando mensagens positivas e inspiradoras na senda de preservação do meio ambiente e da vida na Terra, o Energy Oserver partiu de Lisboa.

Uma viagem à volta do mundo, que nos faz recordar a história de Portugal tão ligada ao mar, aos descobrimentos marítimos e à primeira viagem de circum-navegação comandada pelo navegador português Fernão de Magalhães, embora ao serviço do rei de Espanha. Em maio de 2018, celebrou-se o V centenário deste acontecimento. Fernão de Magalhães foi o primeiro europeu a atravessar o estreito entre os oceanos Atlântico e Pacífico, a sul da América do Sul, que viria a ficar conhecido pelo seu apelido, morreu nas Filipinas, em 1521, pelo que a viagem foi concluída pelo navegador espanhol Juan Sebastián Elcano.

Como escreveu o nosso grande poeta Luis de Camões em “Os Lusiadas”: “Por mares nunca de antes navegados; … Por vias nunca usadas; … Novos mundos ao mundo irão mostrando;” Portugal desempenhou, no passado, um papel inegável na promoção do conhecimento, é agora chegado o momento de agir, de contribuir para uma sociedade mais equilibrada e com maior bem-estar para todos, em particular na área da sustentabilidade ambiental do planeta Terra que é a nossa casa, o suporte da vida.

Congratulamo-nos por Lisboa ter recebido o Energy Observer e esperamos vivamente que a mensagem de necessidade de preservação do ambiente e a procura soluções para a transição energética ecológica faça parte das prioridades dos decisores mundiais.

Entre outros apoios, este projeto conta com o da Toyota Motor Europe, que tem tido um papel muito relevante na construção de carros elétricos e na tecnologia de hidrogénio com zero emissões. Tendo sido pioneira com o Toyota Mirai – o primeiro automóvel usando uma pilha de combustível de produção em série no mundo, continua apostando na realização de testes para garantir que o hidrogénio pode funcionar como uma alternativa viável ao combustível tradicional.

O rio Tejo deixa de ter o catamarã Energy Observer que vai continuar a sua odisseia pelo mundo até 2022. Uma aventura que começou em 2017, ao todo passa por 50 países, Portugal incluído, e irá fazer 101 escalas. Obrigada tripulação pelo excelente trabalho! Que as vossas e igualmente nossas aspirações se concretizem – que um dia todas as nossas cidades e casas funcionem como o Energy Observer. Afinal, os dois primeiros comboios movidos a hidrogénio já estão a operar, começaram a circular nesta segunda quinzena de setembro no norte da Alemanha. Tudo é possível!

Boa viagem e bom trabalho!

Odisseia no mar num catamarã transformado!

Chegou a Lisboa um barco muito especial o Energy Observer!

Uma grande aventura vivida numa embarcação movida a hidrogénio de forma autónoma, a propulsão elétrica do futuro, sem emissões CO2 e sem ruído e que pretende dar a volta ao mundo. Entrem nesta aventura e “leiam” o futuro da sociedade – uma sociedade de hidrogénio e/ou sem combustíveis fósseis. Será viável? Haverá uma infinidade de possibilidades ainda por explorar?

Chegou a Lisboa um barco muito especial o Energy Observer!  Numa “Odisseia para o Futuro” encontra-se em viagem durante 6 anos entre 2017 e 2022, conduzida por Victorien Erussard e Jerôme Delafosse. Dois homens sobre quem podemos questionar se serão visionários ou realistas num mundo que necessita de mudança significativas a favor do ambiente? São sem dúvida Homens ímpares!

Este barco encontra-se atracado no cais das colunas em Lisboa, é o primeiro barco “verde”, movido a hidrogénio obtido a partir das águas do mar, com uma combinação de energias renováveis, completamente isento de emissão de gases e partículas poluentes.

A este propósito lembramos o recente discurso de António Guterres, secretário-geral da ONU, sobre as consequências desastrosas para a humanidade e para os sistemas que suportam a vida, devido às mudanças climáticas que estamos a provocar com o aumento da poluição, efeito de estufa etc. Entre outras, salientamos a afirmação de que: “É imperativo que a sociedade civil – jovens, grupos de mulheres, setor privado, comunidades religiosas, cientistas e movimentos ecologistas em todo o mundo — reclamem a prestação de contas aos dirigentes”.

Este sentimento de urgência no compromisso com o ambiente, tem de ser uma preocupação diária de todos, mas fundamentalmente dos decisores a nível mundial. Desta forma, não se entende o interesse de Portugal na aposta da prospeção e exploração de combustíveis fósseis em detrimento do investimento em energias renováveis e nas tecnologias que as permitam utilizar de forma eficiente e massiva.

Pensando nestas questões ambientais, económicas e sociais, as amigas do blogue, curiosas e comprometidas com o que nos rodeia, foram espreitar a exposição gratuita, na Doca da Marinha, mesmo em frente ao Campo das Cebolas, que se encontra aberta ao público.

Fomos recebidas por 3 simpáticos jovens, a Rita, o Afonso e o Diogo que nos fizeram uma visita guiada à exposição durante a qual nos explicaram pormenorizadamente como funciona o barco, como se recolhe e processa a energia tendo por base o hidrogénio retirado da água do mar depois de dessalinizada, a recolha de energia solar otimizada através de painéis solares de tipos diferentes, simples ou dupla face, que revestem a embarcação e a experiência, que se encontra em curso, de recolha de energia eólica, etc.

Tivemos, assim, a oportunidade de conhecer com detalhe todo o projeto, mas isso não vamos revelar aqui para que seja uma experiência e descoberta a viver no local da exposição. O Barco não está visitável ao público, é um laboratório de pesquisa técnica constante e casa da tripulação, mas durante a visita terá uma experiência virtual que lhe mostra o que é estar a bordo deste barco muito especial.

Por tudo isto, até dia 30 de setembro visite a exposição e assista aqui à nossa reportagem em vídeo, resultante da visita.

 

Saiba mais sobre esta Odisseia no site do projeto Energy Observer

Consulte também o site da Câmara Municipal de Lisboa

 

Parques verdes e hábitos de vida #2

Um jardim, um parque, um espaço para todos e onde as crianças possam aprender a plantar, a ver crescer e a  cuidar do que Terra pode oferecer.

“O verde da nossa vida”!

Senta-te que aí vem História para apresentar a segunda proposta ao OPP.

Naquela localidade, como em muitas outras no nosso país, situada na periferia de uma grande cidade, muitos dos seus habitantes são oriundos do interior do país. Os locais de trabalho, onde arranjaram emprego são, fundamentalmente, na grande cidade. Todos os dias a deslocação para a estação de comboio, metro ou paragens de autocarro faz parte da rotina matinal da grande maioria dos habitantes.

Todos os dias pela manhã, quando o corpo e cabeça ainda estão bem frescos, despertos e atentos para observar o que nos rodeia, reparo no amplo espaço vazio com três árvores perdidas no meio de alguns arbustos, ervas secas, alguns carros estacionados e algum lixo.

Todos os dias penso que é um belo espaço para fazer um parque. Um jardim onde as crianças que ouço palrar e rir, num apertado recreio pavimentado de uma escola primária logo ali ao lado, pudessem usar para brincar e aprender e, porque não os meus pais que passam o dia no apartamento apertado? e os jovens que saem das escolas secundárias e ficam perdidos entre os prédios? e …? e…?. Que agradável seria se aqui houvesse um pomar plantado e cuidado por todos nós, um espaço para jardinagem para as crianças aprenderem a plantar, a ver crescer e a  cuidar do que Terra pode oferecer, um espaço desportivo para os jovens, alguns trilhos e bancos espalhados pelo espaço, e …., todos teriam um espaço de lazer onde pudessem fazer piqueniques, praticar atividades físicas, conviver num espaço coletivo, aprender a crescer e a ter comportamentos saudáveis e responsáveis como é necessário numa vida em sociedade.

Hoje enquanto conduzia, ouvi na rádio, que está aberto o período de submissão de propostas ao Orçamento Participativo de Portugal. Um dia, com as minhas amigas, lampeiras como somos e com iguais preocupações ambientais e de bem-estar, metemos mãos à obra e fizemos uma proposta.

 “O Problema

A População atual, muito devido a maus hábitos de alimentação, às situações de ansiedade e de stress que a vida moderna provoca, a que acresce o sedentarismo está propensa a desfasamentos entre o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento psicossocial, ao surgimento de doenças físicas e mentais e de padrões de comportamento prejudiciais com os consumos excessivos de alimentos e bebidas não saudáveis em idades precoces, acarretando um acréscimo de custos de saúde para a sociedade e para o Estado.

De uma forma geral, as sociedades adaptam os seus hábitos de vida e de interação com o meio ambiente, de acordo com os contextos que lhes são oferecidas nas cidades e respetivas zonas habitacionais. Por outro lado, quanto mais as pessoas se isolam nas suas casas, menos abertura demonstram relativamente a tudo o que as rodeia, ficando menos propensas a uma interação saudável com a restante comunidade. Permanece um desconhecimento e desconfiança pelo outro, que não proporciona ações de solidariedade entre a população local e até propicia a violência.

Solução

Como forma de combater: i) gastos com a saúde promovendo atitudes de prevenção de doenças com hábitos de vida saudável ii) violência ou vandalismo nas zonas urbanas promovendo a socialização; o estado deve propiciar às populações condições para que a comunidade adapte o seu estilo de vida tornando-o mais ativo e saudável de acordo com as condições que lhe são oferecidas.

Disponibilizando as zonas livres de construção, para que sejam dotadas de condições favoráveis a atividades de famílias e coletivas, como piqueniques, circuitos de trilhos, áreas para intervenção dos utentes com zonas específicas de plantação de pomares, de pequenos bosques e jardins cuidados fundamentalmente pelos utentes do espaço, ensinando os mais novos a cuidar da natureza tendo a seu cargo a sua própria árvore, a sua flor, a compostagem de resíduos para utilização no próprio local, podem constituir uma solução.

Para acesso aos parques de maiores dimensões e mais afastados dos grandes aglomerados populacionais será disponibilizado transporte coletivo constituindo carreiras regulares dentro de um dado período do dia. Nos grandes parques haverá infraestruturas de apoio num horário específico de funcionamento concessionadas a interessados, como, armazém para guarda de pequenas alfaias de jardinagem, café e casas de banho, parques infantis de diversões, áreas vedadas para passeio com animais de estimação, desde que supervisionados por treinadores com habilitações para o efeito, etc.

O Projeto

Criar espaços verdes para lazer e interação com a natureza pelos cidadãos promovendo formas de vida saudáveis em todas as suas dimensões.

Reaproveitar todas as áreas livres de construção, junto às residências, escolas ou outros edifícios públicos, no centro das zonas urbanas e populacionais. Fora dos centros urbanos, utilizar as áreas livres de construção habitualmente de maiores dimensões e eventualmente incluir baldios, que naturalmente se encontram mais desviados dos centros dos aglomerados populacionais, para parques verdes, supervisionados muito com recurso às novas tecnologias para garantia da segurança dos utentes. Serão áreas privilegiadas para contacto direto com a natureza, de lazer e atividades físicas individuais e coletivas e de interação com o espaço, atribuindo alguma responsabilidade aos utentes pela sua manutenção. Haverá atividades promovidas fundamentalmente com escolas e universidades que lecionam áreas dentro do tema da natureza e com instituições da terceira idade.”

 

Esta proposta apresentada ao OPP não chegou a projeto por não ter sido aceite. Mas um planeta sustentável precisa-se. Com pequenas atitudes, podemos contribuir e fazer a nossa parte. Há interessados por aí?