Do “Páteo do Faustino” às “Termas do Cucos”

Falando em sabores e qualidade, recomendamos o restaurante “O Páteo do Faustino” em Torres Vedras seguindo-se um passeio pelos jardins e toda a envolvente das antigas Termas dos Cucos.

Há tanto para dizer sobre locais, cantos, recantos, sabores, tradições e cultura portuguesa que vamos continuar a situar-nos neste espaço, onde nos foi dado nascer e que tanto gostamos.

A vida conduz-nos a situações diversas, por vezes despreocupadas, leves e alegres, outras mais intensas e stressantes, outras que provocam sentimentos de tristeza e outras mais negativos e desgastantes. No entanto, temos de aprender a olhar os pormenores em todos e tudo o que nos rodeia, para fixar no nosso pensamento o somatório dos pequenos instantes, que nos fizeram rir à gargalhada solta, a sorrir, a sentir paz, a sentir amor, enfim nos deixaram felizes.

Circunstancias específicas, levou-nos a um passeio em família, para a cidade de Torres Vedras e zona envolvente. É sobre a experiência vivida que vamos falar e deixar a nossa recomendação sobre o que de melhor encontrámos, mesmo sabendo que, muitas outras coisas notáveis, há a relatar sobre esta cidade e sobre a região do país. Torres Vedras é uma cidade cheia de história que se comprova nos inúmeros e belos monumentos existentes, teve um importante e decisivo papel nas Linhas de Torres por altura das Invasões Francesas. Para além da história as terras desta região, são ricas na produção de frutas e produtos hortícolas. Quem ainda não apreciou as deliciosas “Pera Rocha” e as Maças nas suas várias variedades?

20180826_001510.jpg

O “Páteo do Faustino”

Falando em sabores e qualidade, vamos recomendar-lhe um restaurante “O Páteo do Faustino”.

20180825_141815

Uma longa história, com origem numa taberna e mercearia, cheia de tradição nos petiscos de sabor bem português, acompanhados de um bom vinho da região e de um salutar convívio.

 

O restaurante é um espaço que se se percebe, foi crescendo na medida da procura pelos clientes, mas cresceu de forma harmoniosa garantindo o conforto dos clientes. Aqui, prima a qualidade dos alimentos, o uso de produtos da região, a eficiência e simpatia do staff, um serviço impecável e sem qualquer pretensiosismo, que cria um ambiente acolhedor. Os preços praticados são perfeitamente compatíveis com a qualidade. Recomendamos e disso deixámos prova, assinando o “Livro de Honra” do restaurante que amavelmente nos foi disponibilizado.

 

As Termas dos Cucos – Aqui houve-se o primeiro cuco a cantar

Reconfortados por uma saborosa refeição, fomos à descoberta das Termas dos Cucos. Que espaço maravilhoso! Que pena não estar em funcionamento! A experiência de tratamentos específicos relaxantes que relatámos no artigo publicado sobre as Termas de Monfortinho, é de recomendar vivamente a quem tem uma vida citadina ativa.

Na medida em que nos aproximámo-nos, percorrendo uma longa alameda rodeada de árvores, surge um belo edifício cor-de-rosa. Aproximando-nos mais, a entrada para um belo e bem cuidado jardim, fica ladeado por dois edifícios de uma arquitetura espetacular.

20180825_143148-e1535472881252.jpg

A história deste espaço remonta a tempos muito antigos, às décadas 50 e 60 dos anos de 1800, sempre associada a uma família Neiva. A estância termal foi inaugurada em 1893. Os dois edifícios que ladeiam a entrada no jardim, serviram para alojamento do pessoal médico e de quartos para aluguer aos utentes.

20180825_235620.jpg

Conversando com o jardineiro que, na altura, cuidava do espaço e das flores disse-nos que as termas eram muito procuradas para o tratamento do reumatismo e problemas na pele e que eram feitos banhos de lamas medicinais.

20180825_145128.jpg

Percorremos o espaço observando e admirando os edifícios e toda a envolvente. Depois sentados nos bancos disponíveis, à sombra de frondosas árvores, aquietamos o espírito num espaço tão aprazível.

Aqui fica a nossa reportagem fotográfica e aguardamos com expetativa que todo este espaço possa ser rapidamente recuperado antes que o tempo faça dele ruína, e se reative a estância termal.

Não podíamos terminar, sem fazer referencia aos deliciosos pasteis de feijão. Faça como nós prove um e leve uma caixa para casa.

20180826_151926.jpg

 

Consulte aqui o site do restaurante Páteo do Faustino

20180826_001033.jpg

Volta e Meia Havemos de Voltar!

No Volta&Meia – “Gostaram? Se gostaram venham mais vezes”. – Sim, fizeram-nos sentir em casa! Volta e Meia havemos de voltar!

Conhecemos o conceito associado ao Volta&Meia que vai além do espaço de um habitual restaurante, reflete uma forma de estar junto da comunidade, seguindo filosofia muito própria conforme o movimento Action for Happiness. Sobre o espaço, o conceito e sobre as 3 mulheres empreendedoras, Ana, Cristina e Marina, que deram vida ao Volta&Meia, pode ler ou reler a entrevista ao Blogue Hucilluc em: “Volta e Meia” o seu café Feliz!

Desta vez, fomos lá! Fomos conhecer o espaço, almoçar e vamos contar-lhe sobre esta experiência. Numa rua próxima do mercado da Figueira da Foz, num prédio antigo, entramos num pequeno pátio decorado com cores vivas e quentes, com alguns objetos dando um toque de decoração romântica, logo nos despertam um sentimento de bom acolhimento. À entrada, fomos recebidos por Teresa, simpática e eficiente colaboradora do Volta&Meia, que nos preparou uma mesa e nos orientou com a escolha dos pratos de uma ementa bem composta e variada. A Patrícia outra das colaboradoras do Volta&Meia foi também exímia na arte de bem receber.

O espaço pequeno mas muito acolhedor, segue a linha de decoração que esperávamos encontrar. Tem expostos trabalhos artísticos, livros, frases inspiradoras de felicidade e bem-estar.

Na mesa, os individuais contam a história deste espaço e da sua localização num antigo restaurante chamado “O Escondidinho”, nome que serviu de inspiração para a designação dos dois deliciosos pratos que optámos por escolher, “escondidinho de morcela” e “escondidinho de bacalhau”.

O pão de alho com mel e as migas que comemos de entrada estavam deliciosos. Gostámos do sabor, da apresentação dos pratos principais e de uma deliciosa tarte de cenoura que comemos como sobremesa. A sala encheu rapidamente no entanto, o ambiente continuou acolhedor e em nada foi alterada a forma simpática e eficiente com que fomos recebidos.

No final, fomos conhecer, quem na cozinha, trata com carinho e mestria os alimentos. Da equipa fazem parte a Isa (Eloísa), a Duda (Eduarda), o António e a Cláudia. A Isa ocupa-se dos pratos principais e a Duda dos doces.

Agradecemos-lhes a excelente comida que nos serviram e logo Duda, com uma expressão que mostra orgulho e desembaraço, nos diz ser a doceira e pergunta/responde:

“Gostaram? Se gostaram venham mais vezes”.

Sim, fizeram-nos sentir em casa! Volta e Meia havemos de voltar!

Por dificuldades inerentes a quem tem uma vida familiar e desenvolve uma atividade profissional não foi possível conhecer pessoalmente Ana, Cristina e Marina, esse é mais um motivo que nos fará voltar.

Recomendamos a quem não conhece, que não perca a oportunidade de ir e comprovar por si, o bem-estar que se sente no ambiente, o atendimento simpático e os deliciosos pratos preparados com gosto e carinho.

Desperdício zero a par e passo com a pegada ecológica!

Deitaram mãos-à-obra criando um restaurante de excelente comida seguindo o conceito de desperdício zero.

No dia em que se comemora “o dia do trabalhador” – 01 de maio – prestamos a nossa homenagem a todos os trabalhadores! Contamos–lhe uma história inspiradora, três jovens que saíram dos seus países de origem na busca de trabalho e na concretização de sonhos por uma vida melhor.

divider-2461548__340

Esta minha televisão cá de casa é rica em informação… ahahahah. Estava a almoçar em família e dei conta de uma reportagem sobre desperdício zero. Curiosa, prendeu-me a atenção o seu conteúdo, uma conversa transmitida em modo entrevista. Era sobre o Nolla, um restaurante que na sua essência pretende combater o desperdício, por norma os restaurantes geram (cerca de 40%) ao nível dos produtos alimentares e dos descartáveis, ao mesmo tempo que reduz a pegada ecológica (menos impacto causado pelo transporte utilizado para a aquisição dos mesmos, por exemplo) – zero waste – o conceito vai além do excelente e do interessante combinando a qualidade da comida de restaurante de classe alta com o conceito “livre de resíduos”.

Um restaurante sustentável em termos económicos e ambientais que funciona com desperdício zero, fundado por um português Carlos Henriques e mais dois amigos, um espanhol e um sérvio (três ex-cozinheiros). Basicamente é um restaurante que reaproveita todas as sobras alterando os métodos de confeção, tem como palavra de ordem a sustentabilidade pelo que, embalagens descartáveis de cartão ou plástico, não entram nesta cozinha.

Na entrevista falaram sobre as dificuldades inerentes a um projeto pioneiro, com um conceito inovador que como tal, fez surgir alguns problemas. O caminho faz-se caminhando e a força do querer faz a vitória acontecer!

Falaram da experiência, a aventura de 3 amigos que deitaram mãos-à-obra, estudaram, testaram o conceito e se lançaram no projeto – abriram o restaurante sem caixotes do lixo, adquiriram um pequeno compositor que está visível claramente da sala de jantar, falaram com os produtores locais que entregam os produtos em caixas que podem ser usadas quase infinitamente. As caixas vão e voltam para minimizar a quantidade de resíduos de embalagens. Os guardanapos são feitos de garrafas plásticas recicladas e os móveis de um antigo pavilhão de exposições. Os copos são feitos de garrafas de água de vidro, que anteriormente estavam em uso no palácio presidencial finlandês …

Pretendia-mos saber mais sobre este conceito poderoso, inteligente e inovador, como nasceu a ideia, qual o formato, como conseguem praticar a diferença, que parcerias foram possíveis, quais as maiores dificuldades sentidas na sua execução, se é possível ser zero waste, que tipo de pratos/menus estão disponíveis, enfim, o que julgassem mais adequado para dar a conhecer este projeto e promover o desenvolvimento sustentável.

Enfim… Contactámos a Equipa do primeiro restaurante Nórdico que abriu em Helsínquia – o Nolla, que de imediato disponibilizou este Press Release e que aqui divulgamos.

 “PRESS RELEASE 28/02/2018

The first zero waste restaurant in Nordics opened in Helsinki

Zero waste ideology has been bubbling under for a few years now. Reduction, prevention, and management of waste are on the agenda in many countries and international organizations.

Waste-related issues are often linked to social justice, environment, climate change and resource management. Now Finland has truly joined the scene too, as zero waste Restaurant Nolla has opened its doors in downtown Helsinki. Nolla aims to combine high class restaurant food with waste-free ideology.

According to global estimates, on average from 25% up to even 50% of food is wasted in the food supply chain. The founders of Nolla have been working together with universities and fellow entrepreneurs for almost two years before opening the restaurant, in order to come up with new ideas for waste management.

Zero-waste ideology is very visible in Restaurant Nolla: the restaurant has a composter just next to the dining room. Most of the times items like composters are hidden from customers, but in Nolla it can be clearly seen from the dining room. Nolla’s napkins are made from recycled plastic bottles and the furniture from an old exposition pavilion. Glasses are made from glass water bottles, which have previously been in use in the Finnish Presidential palace.

The restaurant team has created close relations with local producers and gets its vegetables, fish and meat in a box system, which can be used almost infinitely. Boxes go back and forth to minimise the amount of packaging waste.

To improve the waste management, Restaurant Nolla has a software system that measures the waste in the composter. With this data they will improve their waste management and can share this knowledge with other restaurants, with the hope of changing the entire industry.”

Obrigada, Equipa Nolla! Este é “O conceito” a explorar, é o futuro – excelente comida, desperdício zero e lucro em cima da mesa!

Menu

 

 

Cervejaria Trindade

Um local ímpar na história das cervejarias em Portugal.

Um local ímpar na história das cervejarias em Portugal.

Conhecemos desde há bastantes anos a cervejaria Trindade na rua Nova da Trindade, em Lisboa. O restaurante é um espaço mítico, que carrega muita história, vista e sentida na sua arquitetura e nos admiráveis azulejos do século XIX que decoram as paredes das salas. Os painéis de azulejos do átrio de inspiração maçónica são únicos na beleza e raridade. Também as mesas corridas de madeira e os bancos lembram os refeitórios antigos e transportam-nos para uma época medieval.

Guardamos na memória tempos da juventude em que, por vezes não muitas pois os trocos nos bolsos não abundavam, após as aulas da faculdade se passava pela Trindade para beber uma cerveja e comer um bife. Recordamos também a época em que as cervejarias não abundavam na cidade de Lisboa e uma visita à Trindade para comer um bom “Bife à Trindade” com um molho delicioso acompanhado de uma boa cerveja constituía uma experiência deliciosa. Passados alguns anos, o bife já não é o que era mas, a visita continua a valer a pena pelo ambiente, coleção de azulejos e pelo marco/tradição que esta cervejaria encerra.

Os pratos típicos são o Bife à Trindade, do Lombo, da Vazia ou de Alcatra, regado com o famoso Molho à Trindade. Mas também pode optar por marisco, acompanhado por uma boa cerveja e tremoços. A relação preço/qualidade razoável.

Faça uma surpresa a alguém que aprecia locais de tradição faça uma visita a esta cervejaria, admirem juntos os painéis de azulejos e experimente o tradicional bife à trindade.

azulejos

Um pouco de História

Assim nasceu a Cervejaria Trindade – A origem deste restaurante remonta aos anos de 1836, quando foi criada a Fábrica de Cervejas Trindade que veio a abrir um balcão para venda direta ao público.

Historicamente, o Carmo e a Trindade eram dois conventos designados por Carmo (da Ordem das Carmelitas) e Trindade (pertencente a uma ordem religiosa designada Ordem da Santíssima Trindade). Os dois conventos ruíram aquando do terramoto de 1755. Desde então surgiu a expressão, bem portuguesa, “cai o carmo e a trindade”, utilizada para designar grande assombro perante uma grande surpresa e/ou tragédia.

A Cervejaria Trindade é considerada de “Património Cultural da Cidade de Lisboa” e “Património Relevante de Valor Histórico-Cultural” em 1997, foi também condecorada com a medalha de “Mérito Turístico no grau de Prata por prestação de serviços relevantes para o turismo Português” em 1987.

Sugestão: Para um dia especial faça uma marcação prévia e ofereça um cartão presente.

trindade cartão

Pode ler mais e ficar a conhecer esta cervejaria na sua página oficial em: http://www.cervejariatrindade.pt/

As imagens aqui publicadas são retiradas do site da Cervejaria Trindade.