Valsa – Associação onde se valsa e se abraça arte

Na Valsa “…oferecemos atividades culturais gratuitas para todos os públicos, num lugar esquisito, cheio de plantas, que mais parece um clube privado italiano do fim dos anos 70”

Em Lisboa nasceu uma nova Associação Cultural, a Valsa, no sítio da Penha de França! A fotografia das duas jovens sorridentes, com um o ar de quem, com boa disposição, está inspirado com a vida, é de Nuno Pinto Fernandes, para a revista Evasões e foi-nos cedida pela Associação Valsa.

Marina Oliveira e a amiga Mariana Serafim voaram de São Paulo para Portugal e lançaram-se neste projeto. Um espaço multifacetado que oferece bebidas e petiscos, mas também uma loja de livros e discos e uma agenda cultural mensal, onde se pode dançar a valsa e não só! Pode escutar discos, assistir a uma sessão de cinema, deliciar-se com todo o tipo de workshops realizados ali mesmo e ainda mais… Mas, nada melhor que as próprias, para nos darem nota de que, a inspiração surge em todas as idades, que os sonhos vividos devem ser partilhados para inspirar quem ainda não sabe que sonha. Todos juntos, somos melhores e podemos, em consciência, colocar os sonhos em evidência e ajudar na concretização da felicidade individual e coletiva.

Walt Disney afirmou “Se você consegue sonhar algo, consegue realizá-lo!”. Aqui fica o testemunho destas duas jovens na palavra escrita.

Leia, leve e inspire-se …. Realize e Valse!

 

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Nós: Quem são a Marina Oliveira e a Mariana Serafim? Como se apresentam?

Valsa: Ambas nascemos em Santos, litoral de São Paulo e nos conhecemos/brincávamos juntas em encontros de amigos dos nossos pais, quando tínhamos por volta de 10 anos de idade. Alguns anos depois, nos reencontramos no conservatório de música (Marina estudando guitarra e Nika, como sou conhecida, baixo). Tivemos uma banda juntas por alguns anos e de aí por diante fizemos parte do mesmo grupo próximo de amigos. Marina estudou arquitetura, mas sempre trabalhou com urbanismo. Veio para Portugal fazer um mestrado em urbanismo sustentável. Nika é formada em hotelaria e teve a sua carreira construída nesta área, mas além disso também estudou Produção Musical e Produção Cultural.

Nós: Como nasceu esta associação cultural? Foi um sonho concretizado no imediato?

Valsa: Já em São Paulo, onde passamos a viver após o ingresso na universidade, realizamos alguns eventos, festas, feiras, vídeos, blog com outros amigos. O coletivo já tinha o nome VALSA. Seguimos nossos outros projetos e por coincidência, nesse momento da vida, nos reencontramos em Lisboa. Marina sempre quis fazer algo relacionado à alimentos e bebidas e Nika algo com cultura. Juntamos as vontades e criamos um lugar “físico” para o VALSA, que hibernou por alguns anos.

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Nós: Como e porque o nome “Valsa”?

Valsa: A verdade é que não nos lembramos muito do momento da escolha do nome – nos tempos do coletivo. Mas Valsa é um substantivo feminino, curto, fácil, com um sentido artístico e cultural intrínseco, que remete à movimento entre outras coisas. Funciona. Não poderíamos escolher outro nome.

Nós: Quais as características diferenciadoras deste conceito e deste espaço?

Valsa: Não sei se isso de fato existe, já que ainda nem descobrimos o que somos. Posso dizer que oferecemos atividades culturais gratuitas para todos os públicos, num lugar esquisito, cheio de plantas, que mais parece um clube privado italiano do fim dos anos 70, com um snack-bar que serve petiscos simples, mas com bons produtos. Nos preocupamos muito com a representatividade, de mulheres, principalmente, e isso sempre está em pauta nas nossas decisões. Os preços também são justos, para bons produtos, mas para que todos possam ter acesso.

Nós: A localização do espaço foi alvo de algum estudo ou apenas aconteceu?

Valsa: Queríamos estar próximo do “fervo”, mas não dentro dele. Estamos perto da Graça, dos Anjos, do Intendente, bairros já conhecidos pela oferta cultural, mas não estamos necessariamente neles. A Penha de França ainda é um bairro residencial tradicional e valorizamos isso. Trazer alternativas culturais aos moradores do bairro. A escolha também veio no momento em que vimos essa montra gigantesca e conhecemos a vista “alternativa” do miradouro da Penha de França, que está a menos de 200 metros de nós.

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Nós: É um espaço com uma agenda cultural “viva”. Quais as áreas que se desenvolvem na Valsa?

Valsa: Não temos limites e estamos abertas ao que vier, se interessar a comunidade e não fomentar nenhum tipo de preconceito ou discriminação. Aqui trabalhamos com inclusão e senso coletivo! Faz quase 2 meses que abrimos. Até hoje, fizemos eventos de cinema, música, comida, poesia, tatuagem, cerveja, entre outros.

Nós: Quais as parcerias envolvidas neste projeto?

Valsa: Nossos maiores parceiros são: a mercearia Comida Independente, a Micropadaria e as editoras musicais Flur, Cafetra e Lovers & Lollypops e a cerveja MUSA. Mas temos outros mil parceiros que trabalham conosco nos eventos, na parte criativa, vendas, divulgação, programação etc.

Nós: Pode-se afirmar que este novo espaço é já um sucesso na praça lisboeta?

Valsa: Acho que ainda não. Mas tomara que em breve 🙂

Nós: Que tipo de petiscos os clientes podem saborear?

Valsa: Tábuas de queijos e enchidos e algumas tostas, com produtos de pequenos produtores portugueses. E Bebidas? Vinhos naturais, cervejas artesanais, café de torra clara da etiópia (método filtrado ou aeropress), chás finos, sumos etc.

Nós: Têm alguma preocupação específica quando adquirem e preparam os petiscos?

Valsa: Não sei se entendi a pergunta. Mas a nossa preocupação sempre foi trabalhar com produtores pequenos e com bons ingredientes, isso significa, com o processo mais artesanal possível.

Nós: Quais as vossas perspectivas futuras?

Valsa: Boa pergunta. Acho que sermos reconhecidas pelo que fazemos. E ser um lugar onde as pessoas querem vir sempre, seja para tomar um copo, trabalhar, participar de uma atividade, ler, ou simplesmente conviver.

 

Nós: Querem deixar algum apelo aos nossos leitores?

Valsa: Venham ao VALSA, que é para todo mundo!

 

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Paulo Gaspar Ferreira e o projeto In-Libris

“O brilho que temos nos olhos vem-nos do prazer de transmitir aprendendo, desmultiplicando…”
In-Libris – “Este é um lugar onde habitam livros antigos e pessoas.”

Na senda da partilha de locais e experiências ímpares, apresentamos Paulo Gaspar Ferrieira e o projeto In-Libris

Sempre me deixei encantar por olhar as coisas belas. A In-Libris é o modo de as fazer. Do livro antigo à fotografia, da agricultura à escrita, da música à natureza, sempre cuidei de fazer o que vou sendo. Liberdade é o prazer de me encantar com as fazências que sempre alimento com a vontade aprender.

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Nós: Fale-nos um pouco de si apresentando-se aos nossos leitores

Paulo Gaspar Ferreira: Sempre me deixei encantar por olhar as coisas belas. A In-Libris é o modo de as fazer. Do livro antigo à fotografia, da agricultura à escrita, da música à natureza, sempre cuidei de fazer o que vou sendo. Liberdade é o prazer de me encantar com as fazências que sempre alimento com a vontade aprender.

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Nós: Fale-nos um pouco sobre o projeto, como começou, como surgiu a ideia.

Paulo Gaspar Ferreira: A circunstância e alguma sorte me fizeram deparar com a possibilidade de adquirir uma velha oficina de encadernação do séc. XIX. Sem saber bem o que faria com ela não resisti dedicando-me de imediato ao seu transporte e instalação.

Percebi assim que esta também era a minha praia. A familiaridade que logo senti, transportando-me às antigas oficinas da Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis onde aprendi com grandes mestres alguns dos processos que compunham a “Divina Arte Negra” modernamente conhecida por Tipografia.

Percebi que a encadernação, em Portugal e salvo raras excepções, se tinha deixado “cristalizar” no séc XIX quando os velhos encadernadores preferiram fechar as suas oficinas à transmissão do conhecimento. Esta prática estendeu-se ao longo de todo o séc. XX tendo encerrado a encadernação num caminho sem grande inovação. Em Portugal contamos pelos dedos de uma ou duas mãos os encadernadores que inovaram técnicas e estéticas contemporâneas.  De uma forma geral, preferiram fechar o que sabiam em oficinas envelhecidas tendo-se dedicado a repetir indefinidamente o que tinham aprendido. Creio que este fenómeno se verifica apenas em Portugal, uma vez que tenho vindo a perceber que em todo o mundo existem expressões e técnicas contemporâneas ligadas a esta arte.

Curiosamente, penso que em nenhuma outra de entre as “Artes Decorativas” se verifica este fechamento. Pelo contrário, verifico que Portugal replicou de modo até muito exuberante no que diz respeito à resposta contemporânea no âmbito alargado dessas chamadas “Artes Decorativas”. São exemplos disto a ourivesaria, a cerâmica, o design de mobiliário, as tapeçarias, o design de moda… onde até estamos habituados a granjear um certo sucesso por esse mundo fora.

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Nós: O facto de terem adquirido uma velha oficina de encadernação do séc XIX, contribui para a formação desse projeto ou foi o inverso? Ou seja, o facto de já terem em mente a promoção desta arte na expressão criativa contemporânea, levou-vos a procurarem um espaço com história?

Paulo Gaspar Ferreira: Como referi tratou-se, aqui, de uma circunstância promovida pela percepção do antigo proprietário que tinha vontade que este conjunto não se desmembrasse. Tinha reunido estas peças (máquinas e ferramentas) e gostaria de continuar a ver a sua oficina viva e em laboração. Um dia entrou em contacto comigo dizendo-me que só a In-Libris o poderia fazer. No princípio a minha reacção foi negativa. Afigurava-se-me uma outra frente de trabalhos. Ao fim de um ano de insistência, claudiquei. Na verdade tinha razão. “Esta oficina tem a sua cara”… e tinha.

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Nós: Numa época em que as tecnologias estão já naturalmente integradas no dia a dia de todos e em especial dos mais jovens, tem sido fácil encontrar jovens interessados em aprender esta arte que recorre ao conhecimento e a técnicas antigas?

Paulo Gaspar Ferreira: A instalação e familiarização tomou cerca de meio ano. Estamos agora a iniciar uma série de “Ateliers” com os quais pretendemos tomar o pulso à coisa. A adesão tem sido muito boa, com pessoas de diversas origens a querer aprender estas artes do livro. São jovens,  pessoas de idade, homens mulheres que pretendem adquirir conhecimentos vários acerca do universo do livro antigo. A casa onde mora esta oficina é uma livraria alfarrabista com mais de 20 anos de existência. O natural envolvimento dos nossos clientes constitui uma população muito diversa e interessada. São bibliófilos todos. Amantes de livros. Médicos, economistas, advogados, engenheiros mas também bibliotecários, arquivistas, conservadores, designers gráficos e fotógrafos aparecem por aqui. A ideia é abrir a “Officina”  à utilização destes e outros frequentadores. Pretendemos desenvolver ideias novas acerca da encadernação. Mais do que uma oficina de encadernação este lugar é um laboratório de ideias.

Claro que neste sentido os jovens têm aqui livre-trânsito. Queremos preservar saberes antigos transmitindo-os. Quanto mais jovens mais longe atiraremos a semente. Esta também é uma maneira de cuidar da cultura.

 

Nós:. Conforme transcrevemos de um texto vosso: “desenvolver aprendizagens próximas ao universo do livro, olhando-o no passado e trabalhando-o no presente, mas também projectando-o no futuro” é, com toda a certeza, um desafio.  Adequar as técnicas antigas utilizadas tradicionalmente nas artes gráficas com as novas tecnologias digitais é um desafio fácil de vencer?

Paulo Gaspar Ferreira: O mais difícil de conseguir é tornar esta ideia saudável do ponto de vista financeiro. No nosso entender a história da encadernação em Portugal tem mais de 100 anos de atraso. Seguramente não será difícil casar técnicas centenárias com tecnologia de ponta. Não se pretende, aqui, confundir conhecimento com soluções económicas, cultura com espectáculo. Queremos sim recuperar tempo perdido, experimentando, errando talvez.

Acreditamos na criatividade como forma de inventar o futuro.

Nós: Ainda é fácil encontrar pessoas que detêm o conhecimento das técnicas artesanais da arte da encadernação artesanal?

Paulo Gaspar Ferreira: Está a ser uma experiência surpreendente ir de encontro aos profissionais que viveram envoltos neste universo. Estão, na sua maior parte, reformados. Mostram-se ávidos por transmitir os segredos mais recônditos da sua profissão. Sabem, também eles, que um dia aprenderam à custa de muito errar, de muito suor, de muito querer. A sua generosidade revela-se, agora, na disponibilidade absoluta para transmitir esta espécie de legado. São eles que sabem que com clara de ovo e vinagre se produz o melhor mordente que o dourador pode ter. São eles que querem, connosco, fazer parte desta história.

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Nós: Quais as principais dificuldades em levar por diante este projeto?

Paulo Gaspar Ferreira: Em tempo de eficácia a todo o preço, o mais difícil é sempre cultivar o espaço do erro. Nenhuma das ideias que fez avançar a humanidade foi impermeável ao engano, à falha.

Cultivamos hoje a devoção do correcto, da perfeição. Esta é a maior dificuldade que têm os fazeres criativos. Perderam o lugar da experimentação.

Sentimos também aqui a pressão da perfeição. Por isso construímos dois caminhos: O laboratório e a oficina. No laboratório experimentamos e erramos. Na oficina aplicamos o que sobra disto tudo: encadernamos por encomenda e ensinamos a coisa certa.

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Nós: Que desafios têm para um futuro breve?

Paulo Gaspar Ferreira: Inventamos desafios todos os dias. Por agora temos em curso uma campanha crowdfunding (https://ppl.com.pt/pernasprandar/in-libris) cujo objectivo é conseguir adquirir uma máquina de gravação laser que nos vai permitir desenvolver ideias inovadoras sobre técnicas e estéticas na arte da encadernação.

Num futuro menos breve gostaríamos de integrar esta experiência complementando a OFFICINA com um projecto de tipografia com caracteres móveis.

Nós: No vosso ponto de vista, de que forma, com este projeto, se incentiva o gosto pelos livros e pela leitura?

Paulo Gaspar Ferreira: Tudo o que se fizer será pouco para incentivar o gosto pelos livros.

Já pela leitura o mesmo se não poderá dizer. Infelizmente lê-se demais. Lê-se muito lixo, publica-se muito lixo e pouca literatura.  Provavelmente nunca se leu tanto na história da humanidade.

A questão está na cultura do saber em detrimento do culto do conhecimento. Virtualmente todos sabemos tudo em 3 segundos à distância de um polegar bem treinado. O problema é que poucos sabemos fazer seja o que for.

Restaurar livros antigos, perceber a sua arquitectura, cuidá-los na sua intimidade, como em qualquer arte fazente, lega-nos um capital de conhecimento, de verdade, de cumplicidade com a nossa própria essência.

Nós: Querem deixar alguma mensagem específica aos nossos leitores para que fiquem motivados a interagir com o vosso projeto, a deixarem fluir a inspiração artística, a gostar mais de livros e de leitura?

Paulo Gaspar Ferreira: A nossa casa é de portas abertas. Estamos aqui:

In-Libris
Rua do Carvalhido, 194
4250-101 porto
tel. & fax: ( + 351 ) 223 234 518
mobile: ( + 351 ) 91 999 15 97
mail: officina@in-libris.pt
web: http://www.in-libris.pt
https://www.facebook.com/in-libris-officina-360094241156871/

O brilho que temos nos olhos vem-nos do prazer de transmitir aprendendo, desmultiplicando…

Este é um lugar onde habitam livros antigos e pessoas.

Venham cá e voltamos a falar do assunto.

Paulo Gaspar Ferreira

 

Cinco pianos, cinco dias nos cinco cantos de Lisboa, a duas ou a 4 mãos!

“Liberdade para tocar”. Cinco pianos no Terreiro do Paço, hoje dia 24 de abril. Programa integrado nos festejos da revolução de abril.

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A inovação acontece mesmo aqui na cidade de Lisboa, em plena Praça do Comércio, um sítio aprazível onde se convive nas muitas esplanadas aí existentes, muitos turistas, muitos veraneantes à beira rio, muitos namorados, muitas crianças correndo e brincando, muitas gaivotas e pombos, muitos cantares e sons, muitos cruzeiros, muitos tuk tuks, … tudo muito … e agora também cinco pianos.

A arte no seu melhor, disponível para quem quer experimentar e tem a sensibilidade desperta no seu coração e nas suas mãos, tem o fascínio da música consigo e quer fascinar e prender quem passa com melodias, umas lindíssimas, outras nem tanto, mas que importa as interpretações ficam para cada um … os artistas também trabalham para se escutarem!

O som até pode não ser fantástico mas e se a interpretação for?! Não valerá a pena deixar a pressa passar, ficar por ali um bocadinho e agarrar esta oportunidade que nos é oferecida?! A música tempera a vida e evita a canseira do corre-corre, pare e escute, pode valer a pena.

Qualquer pessoa pode sentar-se e improvisar – já se imaginou passar por ali e ouvir um Chopin? Não se atrase, é só hoje, dia 24 de abril. Celebra-se desta forma o aniversário da revolução de abril.

 

 

Menina estás à janela

Menina estás à janela.

Menina estás à janela
com o teu cabelo à lua
não me vou daqui embora
sem levar uma prenda tua

Sem levar uma prenda tua
sem levar uma prenda dela
com o teu cabelo à lua
menina estás à janela

Os olhos requerem olhos
e os corações corações
e os meus requerem os teus
em todas as ocasiões

Menina estás à janela
com o teu cabelo à lua
não me vou daqui embora
sem levar uma prenda tua

Sem levar uma prenda tua
sem levar uma prenda dela
com o teu cabelo à lua
menina estás à janela

Vitorino