O “Energy Observer” continua a sua odisseia

O rio Tejo deixa de ter o catamarã Energy Observer que segue a sua odisseia pelo mundo até 2022.

Continuando a sua viagem pelo mundo levando mensagens positivas e inspiradoras na senda de preservação do meio ambiente e da vida na Terra, o Energy Oserver partiu de Lisboa.

Uma viagem à volta do mundo, que nos faz recordar a história de Portugal tão ligada ao mar, aos descobrimentos marítimos e à primeira viagem de circum-navegação comandada pelo navegador português Fernão de Magalhães, embora ao serviço do rei de Espanha. Em maio de 2018, celebrou-se o V centenário deste acontecimento. Fernão de Magalhães foi o primeiro europeu a atravessar o estreito entre os oceanos Atlântico e Pacífico, a sul da América do Sul, que viria a ficar conhecido pelo seu apelido, morreu nas Filipinas, em 1521, pelo que a viagem foi concluída pelo navegador espanhol Juan Sebastián Elcano.

Como escreveu o nosso grande poeta Luis de Camões em “Os Lusiadas”: “Por mares nunca de antes navegados; … Por vias nunca usadas; … Novos mundos ao mundo irão mostrando;” Portugal desempenhou, no passado, um papel inegável na promoção do conhecimento, é agora chegado o momento de agir, de contribuir para uma sociedade mais equilibrada e com maior bem-estar para todos, em particular na área da sustentabilidade ambiental do planeta Terra que é a nossa casa, o suporte da vida.

Congratulamo-nos por Lisboa ter recebido o Energy Observer e esperamos vivamente que a mensagem de necessidade de preservação do ambiente e a procura soluções para a transição energética ecológica faça parte das prioridades dos decisores mundiais.

Entre outros apoios, este projeto conta com o da Toyota Motor Europe, que tem tido um papel muito relevante na construção de carros elétricos e na tecnologia de hidrogénio com zero emissões. Tendo sido pioneira com o Toyota Mirai – o primeiro automóvel usando uma pilha de combustível de produção em série no mundo, continua apostando na realização de testes para garantir que o hidrogénio pode funcionar como uma alternativa viável ao combustível tradicional.

O rio Tejo deixa de ter o catamarã Energy Observer que vai continuar a sua odisseia pelo mundo até 2022. Uma aventura que começou em 2017, ao todo passa por 50 países, Portugal incluído, e irá fazer 101 escalas. Obrigada tripulação pelo excelente trabalho! Que as vossas e igualmente nossas aspirações se concretizem – que um dia todas as nossas cidades e casas funcionem como o Energy Observer. Afinal, os dois primeiros comboios movidos a hidrogénio já estão a operar, começaram a circular nesta segunda quinzena de setembro no norte da Alemanha. Tudo é possível!

Boa viagem e bom trabalho!

Odisseia no mar num catamarã transformado!

Chegou a Lisboa um barco muito especial o Energy Observer!

Uma grande aventura vivida numa embarcação movida a hidrogénio de forma autónoma, a propulsão elétrica do futuro, sem emissões CO2 e sem ruído e que pretende dar a volta ao mundo. Entrem nesta aventura e “leiam” o futuro da sociedade – uma sociedade de hidrogénio e/ou sem combustíveis fósseis. Será viável? Haverá uma infinidade de possibilidades ainda por explorar?

Chegou a Lisboa um barco muito especial o Energy Observer!  Numa “Odisseia para o Futuro” encontra-se em viagem durante 6 anos entre 2017 e 2022, conduzida por Victorien Erussard e Jerôme Delafosse. Dois homens sobre quem podemos questionar se serão visionários ou realistas num mundo que necessita de mudança significativas a favor do ambiente? São sem dúvida Homens ímpares!

Este barco encontra-se atracado no cais das colunas em Lisboa, é o primeiro barco “verde”, movido a hidrogénio obtido a partir das águas do mar, com uma combinação de energias renováveis, completamente isento de emissão de gases e partículas poluentes.

A este propósito lembramos o recente discurso de António Guterres, secretário-geral da ONU, sobre as consequências desastrosas para a humanidade e para os sistemas que suportam a vida, devido às mudanças climáticas que estamos a provocar com o aumento da poluição, efeito de estufa etc. Entre outras, salientamos a afirmação de que: “É imperativo que a sociedade civil – jovens, grupos de mulheres, setor privado, comunidades religiosas, cientistas e movimentos ecologistas em todo o mundo — reclamem a prestação de contas aos dirigentes”.

Este sentimento de urgência no compromisso com o ambiente, tem de ser uma preocupação diária de todos, mas fundamentalmente dos decisores a nível mundial. Desta forma, não se entende o interesse de Portugal na aposta da prospeção e exploração de combustíveis fósseis em detrimento do investimento em energias renováveis e nas tecnologias que as permitam utilizar de forma eficiente e massiva.

Pensando nestas questões ambientais, económicas e sociais, as amigas do blogue, curiosas e comprometidas com o que nos rodeia, foram espreitar a exposição gratuita, na Doca da Marinha, mesmo em frente ao Campo das Cebolas, que se encontra aberta ao público.

Fomos recebidas por 3 simpáticos jovens, a Rita, o Afonso e o Diogo que nos fizeram uma visita guiada à exposição durante a qual nos explicaram pormenorizadamente como funciona o barco, como se recolhe e processa a energia tendo por base o hidrogénio retirado da água do mar depois de dessalinizada, a recolha de energia solar otimizada através de painéis solares de tipos diferentes, simples ou dupla face, que revestem a embarcação e a experiência, que se encontra em curso, de recolha de energia eólica, etc.

Tivemos, assim, a oportunidade de conhecer com detalhe todo o projeto, mas isso não vamos revelar aqui para que seja uma experiência e descoberta a viver no local da exposição. O Barco não está visitável ao público, é um laboratório de pesquisa técnica constante e casa da tripulação, mas durante a visita terá uma experiência virtual que lhe mostra o que é estar a bordo deste barco muito especial.

Por tudo isto, até dia 30 de setembro visite a exposição e assista aqui à nossa reportagem em vídeo, resultante da visita.

 

Saiba mais sobre esta Odisseia no site do projeto Energy Observer

Consulte também o site da Câmara Municipal de Lisboa