Obras de Anunciação Gomes, artista plástica e Presidente da Cultartis
Pequena Galeria de imagens de obras de Anunciação Gomes
Pequena Galeria de imagens de obras de Anunciação Gomes
A CULTARTIS, em parceria com o Museu José Malhoa, realiza uma exposição coletiva, onde artistas já nossos conhecidos, entre outros, têm obras patentes. Até ao dia 21 de outubro, não deixe de visitar esta bela exposição!
Num dia de outono, quente e luminoso, duas amigas da equipa do Blogue hucilluc meteram-se a caminho, rumo à cidade das Caldas da Rainha, para visitar uma exposição.
A CULTARTIS, em parceria com o Museu José Malhoa, realiza uma exposição coletiva, onde artistas já nossos conhecidos, entre outros, têm obras patentes. Até ao dia 21 de outubro, não deixe de visitar esta bela exposição! Garantimos que é um coletivo precioso, pelos artistas e pelas suas obras, que nos brinda com uma variedade das correntes, técnicas artísticas e temas. Os artistas:
Tire o dia para si ou combine com familiares e/ou amigos e aproveite para visitar o Museu José Malhoa, os jardins, a arquitetura e os recantos, da bonita cidade das Caldas da Rainha, que deve o seu nome à nascente de água termal onde a Rainha D. Leonor, casada com o rei de Portugal D. João II, tratou problemas de uma ferida que não sarava, tendo ficado curada.
Entre os compromissos pessoais e familiares de cada uma de nós, marcámos encontro à porta do Museu, inserido no belíssimo Parque D. Carlos I, com um jardim de estilo romântico.
À nossa espera tínhamos Anunciação Gomes, Presidente da Associação para a Cultura das Artes – Cultartis, uma mulher ímpar em cujo rosto transparece a grandeza da sua alma. Tivemos o privilégio da sua companhia numa visita guiada.
Uma a uma, percorremos as obras expostas, com os olhos e ouvidos atentos à explicação sobre as técnicas utilizadas pelos artistas, os temas escolhidos por cada um, as cores, etc. Ficámos fascinadas!
A criatividade e a perfeição encontram-se bem patentes nas obras expostas, as cores usadas pelos artistas, algumas mais fortes e vivas, dispostas em formas difusas para que sejamos nós a interpretar/imaginar o que vemos, outras mais realistas, com cores mais suaves e de uma grande harmonia, representam cenas humanas e paisagens.
Finalizámos a visita à exposição admirando o conjunto de 3 obras de Nuno Confraria que nos prendem pela perfeição, pelo pormenor com que, usando formas geométricas, a técnica de pastel seco, dentro do que se considera cubismo, consegue um resultado tão harmonioso e pessoal na representação de figuras humanas, natureza e outros objetos.
Terminada a visita a esta exposição, atravessámos o jardim percorrendo algumas alamedas, admirámos a vegetação, o lago, o coreto, os “Pavilhões do Parque” que serviram para alojamento dos frequentadores da estância termal, edifícios de arquitetura muito própria e com alguma imponência (lamentavelmente ao abandono).
Saímos pela magnífica construção “Céu de vidro”, uma estrutura em ferro forjado e vidro que nos permite ver o céu e que faz a ligação com o Largo Rainha D. Leonor (Largo do Termal), em direção a uma outra exposição cuja inauguração estava a acontecer. Mas, dessa exposição falaremos em outro artigo.
Assista aqui a um vídeo da nossa pequena reportagem:
Note que as fotos não têm a qualidade suficiente para uma apreciação das obras. Vá, visite a exposição e admire as obras no local.
Veja aqui as entrevistas de dois dos artistas e das mulheres que conduzem as Associações CULTARTIS e Costa Verde e Prata:
A ideia surgiu quando um grupo de alunos, do curso Técnico de Desenho e Pintura na Escola Duran Castaibert nas Caldas da Rainha, achou interessante começar a expor os trabalhos elaborados nas aulas.
Apoiamos e temos vindo a falar na candidatura a Selo e Postal da República Portuguesa, nas obras e nos artistas que as criaram, na Marca Costa Verde e Prata e na mulher que lhe dá vida. Hoje vamos revelar-lhe um pouco sobre a Associação para a Cultura das Artes, na voz da sua Presidente, Anunciação Gomes.
O que é a Cultartis?
A Cultartis – Associação para a Cultura das Artes, é uma associação sem fins lucrativos, sediada nas Caldas da Rainha e que foi fundada a 11 de abril de 2007.
Como nasceu a ideia?
A ideia surgiu quando um grupo de alunos, que frequentava um curso Técnico de Desenho e Pintura na Escola Duran Castaibert nas Caldas da Rainha, achou que seria interessante começar a expor os trabalhos elaborados nas aulas.
Como tudo aconteceu?
Depois da aprovação da Vereadora da Cultura, encetaram-se diligências e contactos para a organização da primeira Exposição com o título ” Flores, Frutos e Legumes “, agendada para o dia 8 de setembro de 2007 e que seria um evento de rua.
Entretanto, nos finais do mês de julho, (sem que nada o fizesse prever), dá-se o falecimento do membro fundador Luis Duarte, que de todos era o mais empenhado e entusiasta do projeto. Este infeliz acontecimento levou-nos a considerar a hipótese, de que mesmo antes de ter começado o mesmo iria acabar.
O que os moveu a continuar?
Resolvemos fazer (em sua memória), a exposição de setembro, para a qual ele tanto trabalhara. Muitos Artistas amadores se juntaram a nós, bem como os Museus José Malhôa e o da Cerâmica com painéis alusivos de algumas das suas obras.
Caminhamos numa época de união. Juntos vamos mais longe?
Sem dúvida. Foi um enorme sucesso!!! – Mais de cem cavaletes com trabalhos de Desenho, Pintura, Fotografia e algumas mesas com peças de Cerâmica de Autor, encheram os dois lados da Rua das Montras, estendendo-se desde a Praça da Fruta até à Rua Miguel Bombarda.
Presentearam-nos com a sua presença o então Presidente da Câmara Dr. Fernando Costa, os Vereadores da Cultura, Educação e do Turismo bem como o representante do Governador Civil de Leiria, entre outros. Depois disto, não tivemos coragem para acabar com a Cultartis.
É necessária mais coragem para avançar do que para parar. Quais os projetos que já desenvolveram?
De 2007 a 2009, fizeram-se várias exposições quer de rua quer em espaços fechados como lojas e stands de automóveis.
Só no Centro Comercial Vivaci fizeram-se exposições consecutivas, durante todo o ano de 2008 e parte de 2009.
Em novembro de 2009 a Câmara Municipal cedeu-nos uma sala, nas instalações da antiga UAL, para a sede da Associação, onde nos encontramos até à data, em regime de comodato.
Nestes 11 anos de existência temos feito muitos eventos/exposições, em várias cidades nacionais e não só, a saber:
Projetos que, através da arte, promovem a construção de algo mais humano!
Temos parcerias com a Associação da Amizade e das Artes Galego Portuguesa (AAAGP) da Figueira da Foz e com a Associação “Olha-te” um projeto desenvolvido no âmbito da Associação Recreio Club da Caldas da Rainha, uma associação de carácter literário, cultural e desportivo, onde trabalhamos a iniciação à técnica do desenho a carvão, a doentes de Câncer e seus familiares.
A expansão da atividade da Cultartis
Em 2013 foi-nos sugerido pelo José Manuel Rego da Silva, marido de uma nossa associada, um circuito de exposições abrangendo alguns Municípios do Oeste. Assim surgiu a Bianal Art’Oeste, que teve a sua primeira edição em 2015 – (Art’Oeste 2015), com os Municípios de Caldas da Rainha, Alenquer, Bombarral e Alcobaça.
O projeto que apadrinhamos!
Para a Art’Oeste 2017, fez-se uma parceria com a Marca Costa Verde e Prata, que propôs como prémio, a Candidatura da obra mais votada a Selo da República Portuguesa e que ainda está em apreciação pelos CTT. Este circuito teve inauguração em Óbidos, seguindo-se Caldas da Rainha, Alenquer, Bombarral e Lisboa (Galeria Arte Graça).
Nota: A candidatura a Selo da República Portuguesa, veio a transformar-se em “Candidatura a Selo e Postal da República Portuguesa” composta pelas obras premiadas em primeiro (postal) e segundo (selo) lugar.
O Futuro constrói-se diariamente
Estamos já a preparar a Art’Oeste 2019, cujo regulamento será divulgado no dia 1 de Dezembro de 2018 no Município do Bombarral.
A Mulher que dirige o destino da Cultartis.
Desde 2007 que sou Presidente da Cultartis, não por minha vontade, mas porque não me deixam sair do cargo. Sinto-me orgulhosa do meu trabalho e da minha dedicação à Cultartis, mas nada disto seria possível sem a ajuda e colaboração de todos os associados, amigos e entidades oficiais que têm estado connosco na tarefa de elevar mais alto e levar mais longe o nome da Cultartis.
Assim, enquanto puder e a minha Família deixar, vou ficando!!!….
A Presidente da Cultartis, Anunciação Gomes – Veja aqui uma pequena galeria de imagens de obras suas – As bailarinas.
“… mantenho-me fiel ao meu estilo de trabalho e pintura e a minha obra “Opulência” segue obrigatoriamente estas diretrizes.”
O artista de quem temos vindo a partilhar alguma informação enquanto pessoa, a sua ligação à arte e as suas obras, tem agora um novo desafio pela frente na candidatura a Selo e Postal da República Portuguesa, com uma das suas obras criada para o efeito.
A candidatura a Selo e Postal da República Portuguesa surge através da proposta da Marca Costa Verde e Prata.
Para sabermos mais sobre a obra de Nuno Confraria que compõe o postal nada melhor do que pedir ao autor que nos fale sobre o assunto.
Nós: Como surgiu este desafio de participação neste projeto? Tiveste dúvidas em aceitar ou foi uma decisão imediata?
Nuno Confraria: Tomei conhecimento da Art’Oeste 2017 pelas redes sociais e quando me inteirei do regulamento e do tema proposto não tive qualquer dúvida em participar. Gosto de desafios que estimulem a minha capacidade criativa.
Nós: Como surgiu o tema e o título para o trabalho? Como te inspiraste para obter o resultado espantoso na obra que compõe o postal?
Nuno Confraria: “Oeste: Terra de Vinhedos e Mar” foi o tema proposto pela organização da Art’Oeste. Idealizei um trabalho representativo e abrangente do vasto e característico património da zona Oeste. “Opulência” como título serviu para reforçar esta ideia de riqueza retratada na obra.
Nós: Na obra vemos figuras que nos fazem lembrar que nós estivemos presentes, desde cedo, pelos “quatro cantos do mundo” conhecendo, absorvendo e trazendo para si alguma da cultura de outros povos. Foi esta ideia de um povo multicultural que, com uma costa extensa partiu à descoberta, fazendo-se presente por este mundo e trazendo novas oportunidades económicas, que esteve subjacente à obra que vemos nesta proposta de postal?
Nuno Confraria: Mais que multicultural considero o povo português multifuncional. Para além das atividades económicas do mar e da vinha respeitantes ao tema proposto, para o conjunto global da obra considerei outras particularidades da região Oeste tais como o Forte de São João Baptista, os Moinhos, o Hospital Termal das Caldas da Rainha, as Muralhas de Óbidos, o Sítio na Nazaré e o Jardim Buddha Eden.
Como resultado final do trabalho “Opulência” destaco uma harmonia de cores e formas num conjunto de fácil leitura e interpretação de todos os seus elementos.
Nós: A tua obra “Opulência” foi escolhida pelos visitantes num circuito de 5 exposições que a Art’Oeste realizou em 2017. Qual a emoção sentida, ao saber que a tua obra era vencedora do primeiro prémio e por isso candidato a selo da república?
Nuno Confraria: É sempre com muita satisfação e sentimento de realização pessoal que recebo os diversos prémios que vou alcançando ao longo da minha carreira artística, no caso da Art’Oeste naturalmente que a emoção não foi diferente especialmente atendendo às grandes obras integrantes do circuito de exposições. Considero que todos estamos de parabéns, artistas e organização.
Quanto à candidatura de uma obra a selo da República é de facto uma honra enorme para qualquer artista e a sua projeção daí resultante, principalmente em caso de seleção por parte dos CTT, é indiscutivelmente grandiosa a vários níveis.
Nós: “como a obra de Nuno Confraria perdia definição como selo, passou a postal e a do Jorge Rebelo, a selo”. Achas que foi um reverso ou antes uma oportunidade de divulgar arte como um bem coletivo precioso, unindo-se dois artistas num postal e num selo?
Nuno Confraria: Para mim não foi uma total surpresa a exclusão do meu trabalho por questões de ordem técnica do concurso dos CTT para selo, desde cedo tive a perceção que os diversos motivos da minha obra, quando reduzida à escala de selo, seriam praticamente impercetíveis nesta ordem de grandeza. Enquanto artista mantenho-me fiel ao meu estilo de trabalho e pintura e a minha obra “Opulência” segue obrigatoriamente estas diretrizes.
Tenho uma grande admiração e amizade pelo Jorge Rebelo, concordei de imediato que a sua obra substituísse a minha na candidatura a selo da República pelos CTT, seria de uma grande injustiça, tanto para a organização da Art’Oeste como para o Jorge, se recusasse a proposta dos CTT para esta candidatura conjunta.
Nós: Que parte te cabe a ti na promoção e divulgação da candidatura, ou quais os eventos que eventualmente estás convidado a participar, tendo em conta que os resultados da candidatura só serão divulgados em 2019?
Nuno Confraria: Todos os envolvidos na Art’Oeste têm revelado uma grande dinâmica e participação na popularização deste circuito de exposições e consequente candidatura aos CTT. Para além de eventos específicos, como a BTL 2018 ou feira na LX Factory dedicado à zona Oeste, estão programadas outras exposições, algumas já realizadas, com o propósito de difundir tanto a nível institucional como social, os objetivos da Art’Oeste na tentativa de aliar a Arte com a diversidade da região em causa.
Como vencedor da Art’Oeste 2017 considero a minha presença e participação nestes eventos e exposições, necessária e obrigatória no sentido de fortalecer todo o trabalho realizado em matéria de divulgação da Art’Oeste.
Consulte aqui a Galeria de Imagens de Obras de Nuno Confraria