Casa Amiga #3

Cooperativas de interesse público – residências assistidas para maiores de 55 anos, num espaço amigo dos seniores, possibilitando um envelhecimento integrado e ativo na sociedade.

Cooperativa de Solidariedade Social de residências assistidas para seniores

Aqui fica a reflexão da equipa do hucilluc que levou à formulação da terceira proposta ao OPP que a seguir partilhamos.

Se é verdade que cada um de nós precisa de tempo para si próprio, para escutar o silencio interior, também é verdade que a felicidade se encontra nos momentos em que partilhamos a vida com a família e com os amigos.

O tempo corre e, mais ano menos ano, estamos na idade da reforma! Os filhos seguem o seu percurso de vida que os leva para paragens mais ou menos distantes, e nós percebemos que as casas ficaram grandes demais. Quem não se lembra de em criança, ter uma sensação idêntica? Espaços e objetos muito grandes, no entanto, dia após dia com o crescimento, os espaços diminuíam.  Agora, com o avançar da idade precisamos de preencher esses espaços, com pessoas com quem tenhamos afinidade, de ter atividades conjuntas, de partilhar momentos, num salutar convívio e interação entre quem deseja compartilhar experiências de vida, para que os espaços não continuem a aumentar de tal modo que nos façam ficar num ponto perdido num qualquer lugar sem qualquer participação na sociedade.

 “ O problema

Segundo as projeções publicadas pelo INE, Portugal perde população total, com diminuição da população jovem, mas com um aumento do número de idosos atingindo os 2,8 milhões em 2080. Acrescendo o atual estilo de vida que as famílias são obrigadas a ter, trabalhando diariamente fora de casa, verifica-se que muitos, não conseguem assegurar apoio aos seus pais já na idade sénior. Além do pouco tempo disponível, as famílias não estão, naturalmente, vocacionadas para prestar um apoio conveniente aos idosos. Muitos destes idosos têm ainda autonomia, mas não têm soluções para, com dignidade, continuarem a envelhecer de forma ativa e participativa na sociedade.

A solução

Consideramos que o Estado não se pode alhear desta realidade, através da constituição de cooperativas de interesse público, serão criadas residências assistidas e de proximidade, a serem utilizadas por maiores de 55 anos num espaço amigo dos seniores e do ambiente. Aqui, enquanto pessoas autónomas, pode-se envelhecer junto, facilitando-lhes as tarefas diárias e promovendo uma vida ativa e autónoma, mas apoiada por uma rede pública, aliviando o peso da situação das famílias e a necessidade de internamento em outros locais apropriados, para onde apenas seriam deslocados em situação de perda de autonomia.

O projeto

Pretende-se a constituição de Cooperativas de Interesse Público para Residências de Seniores.  A “Casa Amiga”

Numa primeira ação, serão identificados imóveis devolutos ou subaproveitados, para recuperação e a adaptação a pequenos apartamentos constituídos por quarto e casa de banho, existindo salas comuns multiusos, criando condições de fácil mobilidade nas habitações para seniores. Será garantida a assistência permanente com presença humana e com recurso à utilização das novas tecnologias, à disponibilização de alguns equipamentos, serviços de apoio e de proximidade aos idosos e às residências, muito à base da articulação entre serviços e de protocolos com instituições de solidariedade social, universidades e outras. 

As regras de acesso à cooperativa e de gozo das habitações a partir dos 55 anos, serão definidas em sede de constituição da cooperativa e de acordo com a legislação em vigor.”

Quem sabe se não haverá um grupo de amigos, alguma associação ou entidade com mais ou menos responsabilidades sociais, que se inspire na ideia e queira/possa concretizar um projeto idêntico. Aqui na equipa do Hucilluc encontrará aderentes, ahahaha….

Há interessados por aí?

Parques verdes e hábitos de vida #2

Um jardim, um parque, um espaço para todos e onde as crianças possam aprender a plantar, a ver crescer e a  cuidar do que Terra pode oferecer.

“O verde da nossa vida”!

Senta-te que aí vem História para apresentar a segunda proposta ao OPP.

Naquela localidade, como em muitas outras no nosso país, situada na periferia de uma grande cidade, muitos dos seus habitantes são oriundos do interior do país. Os locais de trabalho, onde arranjaram emprego são, fundamentalmente, na grande cidade. Todos os dias a deslocação para a estação de comboio, metro ou paragens de autocarro faz parte da rotina matinal da grande maioria dos habitantes.

Todos os dias pela manhã, quando o corpo e cabeça ainda estão bem frescos, despertos e atentos para observar o que nos rodeia, reparo no amplo espaço vazio com três árvores perdidas no meio de alguns arbustos, ervas secas, alguns carros estacionados e algum lixo.

Todos os dias penso que é um belo espaço para fazer um parque. Um jardim onde as crianças que ouço palrar e rir, num apertado recreio pavimentado de uma escola primária logo ali ao lado, pudessem usar para brincar e aprender e, porque não os meus pais que passam o dia no apartamento apertado? e os jovens que saem das escolas secundárias e ficam perdidos entre os prédios? e …? e…?. Que agradável seria se aqui houvesse um pomar plantado e cuidado por todos nós, um espaço para jardinagem para as crianças aprenderem a plantar, a ver crescer e a  cuidar do que Terra pode oferecer, um espaço desportivo para os jovens, alguns trilhos e bancos espalhados pelo espaço, e …., todos teriam um espaço de lazer onde pudessem fazer piqueniques, praticar atividades físicas, conviver num espaço coletivo, aprender a crescer e a ter comportamentos saudáveis e responsáveis como é necessário numa vida em sociedade.

Hoje enquanto conduzia, ouvi na rádio, que está aberto o período de submissão de propostas ao Orçamento Participativo de Portugal. Um dia, com as minhas amigas, lampeiras como somos e com iguais preocupações ambientais e de bem-estar, metemos mãos à obra e fizemos uma proposta.

 “O Problema

A População atual, muito devido a maus hábitos de alimentação, às situações de ansiedade e de stress que a vida moderna provoca, a que acresce o sedentarismo está propensa a desfasamentos entre o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento psicossocial, ao surgimento de doenças físicas e mentais e de padrões de comportamento prejudiciais com os consumos excessivos de alimentos e bebidas não saudáveis em idades precoces, acarretando um acréscimo de custos de saúde para a sociedade e para o Estado.

De uma forma geral, as sociedades adaptam os seus hábitos de vida e de interação com o meio ambiente, de acordo com os contextos que lhes são oferecidas nas cidades e respetivas zonas habitacionais. Por outro lado, quanto mais as pessoas se isolam nas suas casas, menos abertura demonstram relativamente a tudo o que as rodeia, ficando menos propensas a uma interação saudável com a restante comunidade. Permanece um desconhecimento e desconfiança pelo outro, que não proporciona ações de solidariedade entre a população local e até propicia a violência.

Solução

Como forma de combater: i) gastos com a saúde promovendo atitudes de prevenção de doenças com hábitos de vida saudável ii) violência ou vandalismo nas zonas urbanas promovendo a socialização; o estado deve propiciar às populações condições para que a comunidade adapte o seu estilo de vida tornando-o mais ativo e saudável de acordo com as condições que lhe são oferecidas.

Disponibilizando as zonas livres de construção, para que sejam dotadas de condições favoráveis a atividades de famílias e coletivas, como piqueniques, circuitos de trilhos, áreas para intervenção dos utentes com zonas específicas de plantação de pomares, de pequenos bosques e jardins cuidados fundamentalmente pelos utentes do espaço, ensinando os mais novos a cuidar da natureza tendo a seu cargo a sua própria árvore, a sua flor, a compostagem de resíduos para utilização no próprio local, podem constituir uma solução.

Para acesso aos parques de maiores dimensões e mais afastados dos grandes aglomerados populacionais será disponibilizado transporte coletivo constituindo carreiras regulares dentro de um dado período do dia. Nos grandes parques haverá infraestruturas de apoio num horário específico de funcionamento concessionadas a interessados, como, armazém para guarda de pequenas alfaias de jardinagem, café e casas de banho, parques infantis de diversões, áreas vedadas para passeio com animais de estimação, desde que supervisionados por treinadores com habilitações para o efeito, etc.

O Projeto

Criar espaços verdes para lazer e interação com a natureza pelos cidadãos promovendo formas de vida saudáveis em todas as suas dimensões.

Reaproveitar todas as áreas livres de construção, junto às residências, escolas ou outros edifícios públicos, no centro das zonas urbanas e populacionais. Fora dos centros urbanos, utilizar as áreas livres de construção habitualmente de maiores dimensões e eventualmente incluir baldios, que naturalmente se encontram mais desviados dos centros dos aglomerados populacionais, para parques verdes, supervisionados muito com recurso às novas tecnologias para garantia da segurança dos utentes. Serão áreas privilegiadas para contacto direto com a natureza, de lazer e atividades físicas individuais e coletivas e de interação com o espaço, atribuindo alguma responsabilidade aos utentes pela sua manutenção. Haverá atividades promovidas fundamentalmente com escolas e universidades que lecionam áreas dentro do tema da natureza e com instituições da terceira idade.”

 

Esta proposta apresentada ao OPP não chegou a projeto por não ter sido aceite. Mas um planeta sustentável precisa-se. Com pequenas atitudes, podemos contribuir e fazer a nossa parte. Há interessados por aí?

O tempo dos Avós #1

Oportunidades de ocupação do tempo dos “avós” com a interajuda aos ambientes familiares existentes na área em que estes residem.

“Os avós ajudam a cuidar das crianças nos tempos livres”.

Para apresentar uma das nossas propostas não aceites ao OPP, vamos imaginar uma História de uma ação solidária de crescimento e vida partilhada, que aproxima os habitantes de um bairro, duma cidade portuguesa.

Aquele bairro, com construções relativamente recentes, cresceu ao lado de uma zona residencial mais antiga. Fundamentalmente, aqui habitam jovens casais com crianças em idades escolares.  Muitos destes casais cresceram neste bairro onde ainda, na zona mais antiga, residem os seus pais. O infantário e a escola primária situam-se numa zona de fronteira entre os prédios mais antigos e os mais recentes. O bairro vive a azafama diária própria de um bairro residencial, todas as manhãs assiste ao movimento das famílias que deixam os seus filhos na escola ou nos infantários e se deslocam para o centro da cidade ou outras zonas onde trabalham. Ao final do dia a azafama é contrária, é a chegada, a ida aos supermercados, ir buscar as crianças já cansadas de esperar pela vinda dos pais, ir para casa tratar de outra rotina e procurar ser feliz em família. Os avós destas crianças que habitam logo ali, suspiram e lamentam que, estando tão próximos, não participam nas rotinas diárias e não assistem ao crescimento dos seus netos.

Um dia, juntaram-se os avós e tiveram uma ideia! Vamos à junta de freguesia propor o seguinte projeto: “O tempo dos Avós”.

O Problema

Com o aumento do número de idosos que segundo as projeções do INE atingirão em 2080 os 2,8 milhões, é necessário adaptar a dinâmica da sociedade para que esta camada da população, continue participativa contribuindo para o bem-estar de toda a comunidade em que estão inseridos. Por outro lado, verifica-se que muitas famílias jovens se vêm confrontadas com dificuldades de compatibilização dos horários laborais com os horários praticados nas escolas e locais de atividades das crianças. Por outro lado, a presença dos avós acompanhando o crescimento das crianças é primordial para um desenvolvimento físico e psicológico harmonioso.

 A Solução

A solução que propomos é criar oportunidades de ocupação do tempo dos “avós” com a interajuda aos ambientes familiares existentes na área em que estes residem. As juntas de freguesia disponibilizam salas de estar onde as crianças e os avós podem permanecer e exercer atividades conjuntas de entretenimento, de aprendizagem e de elaboração de trabalhos escolares sob vigilância e apoio dos avós.

O Projeto

Através das juntas de freguesia são identificadas as famílias e respetivas crianças que necessitam de apoio para ocupação dos tempos após o término das atividades nos estabelecimentos que as crianças frequentam. São identificados os “avós” que estando ativos, voluntariamente, se disponibilizam para supervisionar e interagir com as crianças durante um período de tempo que terá um limite horário máximo, que permita aos pais compatibilizarem os seus horários laborais com os horários praticados nas escolas e outros locais de atividades das crianças. As juntas de freguesia asseguram a disponibilização das salas e o transporte, amigo do ambiente, para ser utilizado pelas crianças e avós. As salas e outros espaços verdes, disponibilizados pela Junta de Freguesia deve estar dotado de mobiliário e outros apoios e materiais didáticos que podem ser doados pelas famílias.

Queremos que sejam disponibilizadas condições para que os séniores autónomos e ativos, participem na sociedade em que estão inseridos, contribuindo para o bem-estar de todos. São oportunidades de ocupação do tempo dos “avós” com a interajuda aos ambientes familiares existentes na área em que estes residem. As juntas de freguesia disponibilizam salas de estar onde as crianças e os avós podem permanecer e exercer atividades conjuntas de entretenimento, de aprendizagem e de elaboração de trabalhos escolares sob vigilância e apoio dos avós.”

Fim da história, um final feliz!

Com o projeto debaixo do braço, escrito num documento assinado por todos os habitantes do bairro (avós e pais), um grupo de 3 avós, os porta-voz, entraram na junta de freguesia e, em reunião com o respetivo presidente, fecharam as condições necessárias para o por em prática. Depois, durante alguns meses, todos participaram no arranjo das instalações, pintando paredes, cadeiras e mesas, disponibilizando livros e brinquedos, plantando flores no espaço exterior e plantando nos mais pequenos a semente da solidariedade e da responsabilidade intergeracional.

Hoje é dia de festa, passaram nove meses desde o início desta aventura e há festa animada no bairro. É dia de inaugurar as instalações o espaço exterior e uma carrinha elétrica, amiga do ambiente, para o transporte das crianças e avós.

A excitação de todos é grande pois no bairro, diz-se à boca cheia que o Presidente da República, o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, irá estar presente.

Esta proposta apresentada ao OPP não chegou a projeto por não ter sido aceite. Há interessados por aí?

Sociedade – As nossas propostas ao OPP

As nossas sugestões de algumas soluções para questões sociais e ambientais pois acreditamos que todos somos responsáveis pelo bem-estar de todos e em harmonia com tudo o que nos rodeia neste planeta único que habitamos.

Deixem-nos voltar a falar das nossas propostas ao OPP!

Como sabem participámos ativamente no Orçamento Participativo de Portugal para 2019, idealizando e sistematizando algumas ideias, a equipa Hucilluc acabou por submeter 6 propostas.

Duas passaram à fase de votação que termina a 30 de setembro. Esperamos o seu voto, é fácil!  Aceda ao link dos projetos localizados na lateral direita (Eu na Bicicleta e CompostAgem: Aprender com a Naturezado blogue, identifique-se com o seu nº de cartão de cidadão, vote e já está.

A equipa do Hucilluc quer trabalhar para e por um mundo diferente! Precisamos urgentemente de mundo mais sustentável, tem de ser uma realidade! A sustentabilidade é um valor fundamental, não podemos errar nem falhar.

É verdade que os problemas ambientais são causados pelo homem, mas reconhecemos também que há algumas mudanças nos comportamentos e as atitudes que, embora muito lentamente, surgem aqui e ali, para resgatar um planeta que está sem tempo pois não suportará ilimitadamente as agressões a que tem estado sujeito ao longo de anos e anos.

Nesta medida, entendemos exercer o direito de cidadania e participar no OPP sugerindo algumas soluções para questões sociais e ambientais pois acreditamos que todos somos responsáveis pelo bem-estar de todos e em harmonia com tudo o que nos rodeia neste planeta único que habitamos – não temos mais nenhum para “morar”.

As quatro propostas que, por não se enquadrarem inteiramente nos parâmetros de validação definidos no OPP, não passaram a projetos pois não foram aceites, vamos apresenta-las no nosso blogue para que, quem sabe, alguma entidade competente ou alguma associação, queira e possa dar asas às ideias e concretizar algum deles.

Veja os vídeos com as propostas apresentadas ao OPP e esteja atento(a) pois iremos publicar os respetivos artigos,  na seguinte ordem e designação:

#1 – O tempo dos avós 

#2 – O verde das nossas vidas 

#3 – Cooperativa Casa Amiga 

#4 – Portas Séniores 

Terminou de ler este post, agora utilize mais dois minutos do seu tempo e vote! Ainda está a tempo caro(a) cidadão(ã) de participar e exercer o seu direito de cidadania!

Eu na Bicicleta

CompostAgem: Aprender com a Natureza