RUÍNAS

Para assinalar o início do Outono nada melhor que este belo poema “Ruínas” de Florbela Espanca.

Se é sempre Outono o rir das primaveras,
Castelos, um a um, deixa-os cair…
Que a vida é um constante derruir
De palácios do Reino das Quimeras!

E deixa sobre as ruínas crescer heras.
Deixa-as beijar as pedras e florir!
Que a vida é um contínuo destruir
De palácios do Reino de Quimeras!

Deixa tombar meus rútilos castelos!
Tenho ainda mais sonhos para erguê-los
Mais altos do que as águias pelo ar!

Sonhos que tombam! Derrocada louca!
São como os beijos duma linda boca!
Sonhos!… Deixa-os tombar… deixa-os tombar…

Florbela Espanca

20180724_115706

Fotografia do Castelo de Silves

Autor: HUCILLUC

Aqui e Ali entre momentos festivos e caricatos, convive-se. Aqui e Ali sente-se, lê-se, leva-se tudo ou talvez nada!

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